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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Jesus

Quem é Jesus? Um menino de 12 anos entre os doutores da lei perguntando e responde perguntas de difícil resposta. Os doutores boquiabertos, não sabiam de onde lhe vinha tamanha sabedoria. Doze anos!

Mais tarde numa carpintaria, fazendo moveis, bancos, cadeiras, e quase posso ver um freguês daqueles bem chatos dizendo: “me parece que este móvel tem algum defeito.” Imagina o criador do Universo fazendo um pequeno banco para alguém sentar. Que móveis lindos seriam! Os melhores, jamais vistos! Verdadeira obra prima!

Mas, quem é Jesus? Caminhando pelas praias da Galiléia, convidando pessoas para a realização de uma obra grande: salvação de almas. Convida um aqui, outro ali: “vinde e vos farei pescadores de almas.” Que convite! Resgatar vidas. Dar-lhes vida! Ele disse: “Eu sou o caminho e a verdade e a vida.” (João 14:6) Vida na acepção da palavra significa ‘Zoe’, isto é, vida de Deus. O homem sem Deus está morto, ainda que ambulante. Jesus veio trazer-nos de volta à comunhão com Deus. Comunhão perdida ali no Éden, quando o 1º casal desobedeceu a palavra do Senhor. Deus disse não faça isto e eles o fizeram, que lástima: por causa da desobediência, entrou no mundo toda sorte de males, acidentes, catástrofes, doenças, miséria... Mas Jesus veio, para mudar esta situação.

Uma vez foram para prendê-Lo. O comandante pergunta aos seus soldados: “porque O não trouxestes?” resposta dos soldados: “nunca homem algum falou-nos como Ele” Esse é Jesus! Veio para buscar e salvar o que se havia perdido.

Lá na cruz, ele salva mais penitente e aos que não queriam salvação Ele ora: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Ele veio para os Seus, mas os seus não O receberam, mas a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus a saber, os que crêem sem Seu nome.

Amém.
UM FELIZ NATAL A TODOS E UM ANO NOVO REPLETO DE BENÇÃOS DO SENHOR JESUS CRISTO

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Água

O que é água? H2O. Duas moléculas de hidrogênio mais uma de oxigênio. Isto é a água! Água que serve para dessedentar o sedento, mas que serve para outros fins, como tomar banho... Mas o assunto aqui não se refere as propriedades da água; mas sim o que ela significa. Jesus somente duas vezes pediu algo para Si; e lhe foi negado: água.

Junto ao poço, herdade que Jacó tinha deixado para José. Lá estava a mulher tirando água do poço: Jesus lhe pede água para beber e ela nega. Não se deve negar água à ninguém que esteja com sede. É básico isso. Mas ela negou: “como sendo tu judeu me pedes água para beber a mim sendo eu samaritana” (Jo 4:9). Jesus, educadamente lhe diz: “Se tu conheceras o dom de Deus e quem te pede água para beber, tu lhe pedirias e Ele te daria água viva!”.

A outra ocasião foi mais dura, mais cruel; foi na cruz. Ele disse: “tenho sede” e um soldado romano sem convicção moral nenhuma ensopa uma estopa no vinagre e lhe dá para beber. Incrível, uma pessoa com sede ter que beber vinagre! O ser humano desprovido de qualquer humanidade; quase ‘bicho’, selvagem, nega ao Filho de Deus água. Ele que é a fonte da água da vida. Ele que é a própria vida. Vida na acepção da palavra. O homem necessita dessa água. Água da vida! Água que salte para a vida eterna: Jesus.

domingo, 28 de novembro de 2010

Noite

Mas ninguém diz: “Onde está Deus, que me fez? Que dá salmos entre a noite?” (Jó 35:10).

Ninguém inquire; ninguém pergunta: onde está Deus que me fez? É mister perguntar, inquirir; Deus quer ser procurado, solicitado para então responder. Atravessamos noites inteiras sem solicitar o auxílio dEle. Pensamos ser autosuficientes. Ele quer ser solicitado. Procuremo-lO então. Mas, o que é a noite? Há um texto que diz: “O choro pode durar uma noite; mas a alegria vem ao amanhecer” (sl 30:5). A noite é um período curto. Tem pequena duração. Dura um só período.

Nicodemos foi procurar Jesus de noite... ele precisava encontrá-lO e o encontrou. Fez certo, o caminho é Jesus. A vida é Jesus. A verdade é Jesus. Agora, a Palavra diz que Ele dá salmos entre a noite. Veja: mesmo em dificuldades temos um louvor, um cântico ao Senhor! Nada pode nos abater, cantamos ao invés de murmurar. E quando cantamos uma porta se nos abre. Divisamos a saída daquela noite. Saímos louvando a Deus.

Paulo e Silas perto da meia noite cantavam e oravam quando o cárcere foi aberto; estavam presos numa noite, porém, Deus deu salmos entre a noite. E eles cantavam e louvavam ao Senhor e as prisões foram soltas, todos foram soltos; as prisões estavam abertas. O louvor abre portas!

O choro pode durar uma noite mas a alegria vem pela manhã. Quando é esta manhã? Esta manhã é quando a Palavra se nos abre. Temos uma revelação de Deus na Palavra. Uma luz, um entendimento da Palavra, isto é um amanhecer de luz.

Jacó fugia da presença de seu irmão, mas ao cair a noite ele se prepara para o repouso noturno. Usa como travesseiro uma pedra. Ao dormir, vê uma escada que toca da terra até o céu. Anjos subindo e descendo: uma visão celestial.

O que é está pedra usada como travesseiro? Esta pedra representa a luz da revelação da última Palavra revelada a ele, sim na cabeça, pois é na mente que devemos ter à luz da Palavra de Deus. Isto é o amanhecer
.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

As três cruzes

Há três cruzes no Calvário: A cruz à direita – zombaria. “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós” (Lc 23:39).

A cruz à esquerda – arrependimento e fé: “e disse a Jesus Senhor: lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lc 23:42).
E a cruz do centro – sofrimento vicário: o sofrimento de nosso Senhor por nós.

Hoje ainda há três cruzes: os que zombam do evangelho, desconhecendo ser o Poder de Deus para a salvação do que crê (Rm 1:16). Não sabendo que não há outro meio de aproximação a Deus, senão por Ele: Jesus. Zombar é sinal de ignorância, de prova cabal de falta de conhecimento. Zombar é sinal de inferioridade. De baixeza. Zombar do evangelho é zombar do próprio Senhor Jesus, que o instituiu. É Ele o fundador do cristianismo. Jesus deu Sua vida ali no Gólgota, deixando assim o selo máximo de seu amor pelos perdidos, através do Evangelho. Aceitar o evangelho, a graça de Deus revelada em Jesus, é compenetrar-se do seu estado lastimável diante de Deus em arrependimento. A maior prova de arrependimento é a renúncia própria. É deixar de praticar os delitos de antes, aceitando a graça de Deus pela fé. E a fé vem de Deus, o homem por si só não pode ter fé.


Fé é uma graça subjetiva: Deus em nós, enquanto que a cruz é uma graça objetiva: Deus por nós.

Fé é Graça. Dom de Deus. Ninguém tem mais fé por ser mais simpático ou bonzinho. E ninguém tem menos fé por ser antipático ou feio. Fé é Deus em nós. O ladrão da cruz arrependeu-se e com fé declarou: “e nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que nossos feitos mereciam: mas este (referindo-se a Jesus, nenhum mal fez)” (Lc 23:41). Com o efeito do arrependimento ele já repreendera o outro impenitente, que não aceitou o perdão do Senhor, rejeitando a salvação. Diz o texto: “tu nem ainda temes a Deus estando na mesma condenação” (Lc 23:40). A pessoa salva movida pelo efeito do arrependimento procura levar outras pessoas ao arrependimento, à salvação.

Aquele malfeitor, agora salvo, tornou-se num átimo pregador do evangelho: diante do que rejeitara e de toda a multidão. Mesmo sem ter cursado um seminário, ele evangelizou. E o Senhor afirma-lhe enfaticamente: “em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23:43).

Agora, a cruz de Cristo. Cruz impar; porque não tem par, mesmo no meio de muitas cruzes. Cruz de verdade, não de mentira. Cruz que foi instrumento de suplício. Rude. Grosseira. Duas peças de madeira atravessadas uma sobre a outra. Manchada de sangue. Cruz igual a qualquer outra destinada ao mesmo fim: “e, quando chegaram ao lugar chamado caveira, o crucificaram...” (Lc 23:33). A cruz, que para os judeus é escândalo e os gregos consideravam-na na loucura. E, para Deus o crucificado era maldito: “maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Dt 21:23).

A cruz de Cristo foi, assim, suplicio e maldição. Mais, porém do que qualquer outra. Porque quanto ao suplício Ele não merecia. Por ser inocente? Não. Por ser santo. Imaculado. E quanto à maldição – Ele se fez por nós. Por todos nós. Maldição não de um, mas de todos os homens.

Aceitemos então o Seu sofrimento em nosso lugar. Por nós!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Jesus

Quem é Jesus? Um menino de doze anos entre os doutores da lei perguntando e respondendo perguntas de difícil resposta. Os doutores boquiabertos não sabiam de onde lhe vinha tamanha sabedoria. Doze anos!!! Mais tarde numa carpintaria fazendo móveis, bancos, cadeira, e quase posso ver um freguês daqueles bem chatos: ‘me parece que esse móvel tem defeito’. Imagina, o criador do Universo fazendo um pequeno móvel para alguém sentar. Que moveis lindos seriam. Os melhores, jamais vistos. Verdadeira obra prima! Mas, quem é Jesus? Caminhando pelas praias da Galiléia convidando as pessoas para a realização de uma obra grande: salvação de almas. Convida um aqui, outro ali... “vinde e vos farei pescadores de almas”. Que convite! Resgatar vidas. Dar-lhes vida! Ele disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida” (Jo 14:06).

Vida na acepção da palavra. Zoe: vida de Deus. O Homem sem Deus está morto, ainda que ambulante. Jesus veio trazer-nos de volta à comunhão com Deus. Comunhão perdida ali no Éden, quando o primeiro casal desobedeceu a palavra do Senhor. Deus disse não faça isto e eles o fizeram. Que lástima: por causa da desobediência entrou no mundo toda a sorte de males, acidentes, catástrofes, doença, miséria. Mas Jesus veio para mudar esta situação.

Quem é Jesus? Uma vez foram para prende-Lo. O comandante pergunta aos seus soldados: “Por que o não trouxestes?”. Resposta dos soldados: “Nunca homem algum falou-nos como Ele”. Esse é Jesus!! Veio para buscar e salvar o que se havia perdido. Lá na cruz, Ele salva o mais penitente e aos que não queriam salvação: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Ele veio para o que era seu, mas os seus não O receberam, mas a todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber: os que creem no Seu nome
. Amém.

domingo, 10 de outubro de 2010

Tribulação

O termo grego ‘peirasmo’ aqui traduzido por provação, é a palavra geralmente usada para indicar tentação.

Há pessoas que se não forem atribuladas, afligidas, não se emendam. Não se corrigem. O salmista assim declara: “Antes de ser afligido andava errado, mas agora, guardo a tua palavra” (Sl 119:67). A tribulação parece-nos inconveniente, mas através dela muita gente se conserta. O Salmista, em seu próprio dizer, andava errado..., como sem rédea, sem destino. Tribulação em nosso dicionário quer dizer grande aflição, infortúnio... mas, Deus se vale dela para corrigir os seus filhos.

Infortúnio quer dizer infelicidade, desventura, desgraça. Mas, tudo isso só nos vem para o nosso próprio bem! É passageiro, fugaz. De curto prazo. Só o necessário para que nos compenetremos no nosso erro. A tribulação aparece-nos de muitas maneiras: sempre com um só escopo. Alguém já disse que ‘no vale escuro, achei-me a sós com Deus’; sim, nas horas mais difíceis é que nos achegamos mais a Ele. Há, em um hinário, muito usado nosso, um hino cuja estrofe versa “...os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação e do céu as lindas melodias se ouviram na escuridão” (Hc 126). Deus, as vezes, permite a tribulação a fim de que O busquemos com mais veemência. É plano dEle! Em ocasião de apertos, ele descobre os seus erros e perfídias. O aperfeiçoamento da vida cristã se dá na provação. Tiago diz que é bem aventurado o varão que sofre a provação.

“Antes de ser afligido andava errado”. Realmente em aflição, quando cercados por todos os lados, o cristão verdadeiro acha um escape para cima, para Deus. “Elevo os meus olhos para os montes, de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Sl 121: 1,2). A tendência é logo, buscar a Deus. Resulta disso que devemos dar graças a Deus pelas tribulações; pois, nelas temos o ensino divino.

O salmista conclui: “foi-me bom ter sido afligido para que aprendesse os teus estatutos” (Sl 119:71). Aprendemos muito em tribulação. “Bem aventurado o varão que sofre a tentação, porque quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que O amam” (Tg 1:12). De formas diversas tem Deus nos admoestado e ensinado; mas, só aprendemos pelo meio mais rude: na tribulação.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Liberdade

“Não me roubes a minha liberdade...
Quero voar! Voar!
Estas cousas o pássaro diria,
Se soubesse falar,
E tua’lma, criança, tremeria,
Vendo tanta aflição:
E tua mão tremendo lhe abriria
A porta da prisão...”
(Olavo Bilac)

Ocorreu com os israelitas. Estavam presos. E cativos. No Egito. “Vem agora, pois, e eu te enviarei para Faraó para que tireis o meu povo do Egito” (êxodo 3:10). Deus falara com Moisés na Sarça ardente do Sinai. Sinai era o monte santo onde Deus, através de Moisés, falava ao povo. Monte temível. Cuja austeridade é assustadora: nem se podia nele tocar! Moisés julgava-se incapaz da missão. “Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel” (êxodo 3:11). Aos olhos humanos seria impossível; mas, para Deus, tudo é possível. Moisés talvez pensasse: “quem crerá que eu sou o enviado de Deus para a sua libertação”. Embora o povo israelita (o povo de Deus) orava sem cessar a Deus pedindo um libertador. Deus disse a Moisés: “tenho visto atentamente a aflição de meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores” (êxodo 3:07). Agora Moisés teria de ir, o que de fato aconteceu. Moisés pelo poder de Deus tirou do Egito, o povo israelita. No Egito havia escravidão. No Egito há dores atrozes. Não há, no Egito, salvação. Deus precisara enviar ao Egito a salvação. Hoje, ocorre o mesmo; muitos encontram-se no Egito deste mundo. Escravos. Presos. Sem liberdade.
Estar no Egito é estar no mundo de vícios, de pecados..., escravo de tudo. “Há preso livre e a livre preso” dizia alguém em uma prisão. Esse alguém estava preso em um cárcere, mas sentia-se livre, pois no cárcere, havia aceitado a ajuda de seus salvador Jesus. O povo de Israel, para se libertar,precisava da ajuda de Moisés. Nos dias hodiernos, os que encontram-se presos necessitaram de um único e todo suficiente salvador – Jesus Cristo, o Filho de Deus. Alguém diria: “Preso como?” pois bem, a bíblia nos diz que aquele que comete pecado é servo do pecado. Logo, está preso pelo pecado. Então, precisamos de um libertador. “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32). “que é a verdade?” foi a pergunta de Pilatos a Jesus. Jesus disse: “ se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente series livres” (João 8:36). Jesus é a verdade. “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida” (João 14:6).
Liberdade só em Jesus!!!

domingo, 26 de setembro de 2010

Adoração

Jesus dá-nos exemplo de adoração. Supremo exemplo. Copiável. “E, tendo já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa” (Lucas 2:42). Realmente ponderável que Jesus com apenas doze anos sobe a Jerusalém para a adorar ao Pai. A adoração é imprescindível na vida do ser humano. O homem deve voltar-se para Deus. Afim de oferecer-Lhe um culto que só a Ele, as nossas almas são devedoras. Jesus, sendo criança ainda, já se compenetrara de que há necessidade de adoração a Deus – Supremo Pai e criador de todas as coisas. No templo, sim, no templo. E por quê no templo? Porque é no templo que temos as mais completas e indispensáveis experiências com Deus, o nosso Pai. O culto a Deus, no templo, é o que pode haver de melhor no mundo.

O prezado leitor já cultuou a Deus, no templo? Viu como Ele é real em comunhão com os seus fiéis? Devemos cultuar só no templo! No passado, cultuava-se a Deus em cavernas, em buracos, em praças etc... No tempo passado só se cultuava a Deus em Jerusalém. Jesus disse: “ Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim O adorem” (João 4:23). A mulher do episódio bíblico pensava que fosse só no monte, em Jerusalém. Jesus escolheu o templo, sigamos seu exemplo! “...Por que é que me procuráveis?” não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?”(Lucas 2:49). Convém notar que Ele tinha zelo pelo templo. “Negócios de meu Pai”. Tirai daqui estes e não façais da casa de meu Pai (o templo) casa de venda” (João 2:16). Ele zelou porque sabia que a casa de nosso Pai é lugar de adoração e não para outras cousas. Jesus indagava os doutores. Eles admiravam de tamanha inteligência. Suas respostas eram, sem dúvida, irrefutáveis. A bíblia diz: “e todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas” (Lucas 2:27).

A adoração tem que ser completa. Adorar de verdade. E, para isso é preciso uma vida condigna. Uma vida irrepreensível. Integra, pois ela vem do interior, do coração.
Se tivermos uma vida de lamentações, de incapacidades, como poderemos, no primeiro dia da semana, adorar a Deus? Adoração feita sem precedentes não tem valor. Ela depende do nosso dia dia. Do que fazemos no transcorrer dos nossos dias. O louvor que oferecemos a Deus tem que ser diário, não só no dia da adoração; pois, todos os dias temos que adorar.

A vida de Jesus, toda ela, foi adoração!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Deus tem um plano

Se para as estrelas, Ele deu imenso firmamento; se para os rios, Ele deu os leitos, para o homem, Ele tem um plano. Mas, que plano? Plano de salvação. Ele deseja salvar o homem. O homem por obstinação desviou-se de Deus. Transgrediu. Prevaricou. Pecou. Como resultado dessa sedição a Deus, apareceu a morte. Nasceu a morte! “tão certo como a justiça conduz para a vida, assim o que segue o mal, assim para a sua morte o faz” (Prov.11:19). O pecado gera a morte! Sabemos que entre Deus e o homem havia comunhão. Deus o visitava todos os dias. “E, ouviram a voz do Senhor Deus que passeava no jardim pela viração do dia. E escondendo-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as arvores do jardim” (Gê 3:8). Após a transgressão não havia mais comunhão entre Deus e o homem. O pecado separa o homem de Deus. Adão, ao ter consciência do pecado, logo foge, ou melhor, busca fugir, da presença do Senhor Deus. Que pena! O pecado foi quem o coagiu a isso. Deus viu que o homem não pode viver longe, distante dEle, e por isso Providenciou um plano de salvação para o homem. Um meio de tornar a ligar o homem consigo. O homem, como já dissemos desligou-se de Deus pelo pecado. Mas, Deus é amor! Não deixou o homem perecer: “porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). Só depende do próprio homem sua salvação. Se aceita o plano de Deus, é salvo; se rejeita, é condenado.
O homem quis perder-se. Mesmo assim o amor de Deus o alcançou. Esse amor imanente. O amor de Deus é amor imanente. “Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8). O plano de Deus é salvar. Sim, salvar. Enviou o seu Filho único e todo suficiente salvador – Jesus para... buscar e salvar o perdido” (Lc 19:10). Então, porque não aceitar o plano de Deus? “porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação, mediante nosso Senhor Jesus Cristo (I Ts 5:9).

domingo, 22 de agosto de 2010

Seria fé o que todo mundo diz? “Acredito nAquele lá de cima”. Mero assentimento mental; coisa do intelecto, da cabeça. Acontece que as coisas relacionadas a Deus são do coração, do homem interior; de dentro. O homem, espiritual: que é o verdadeiro homem. É algo sobrenatural. Algo que se discerne espiritualmente. Quando você atravessa uma ponte, você está exercendo um tipo de fé, só que, uma fé natural, você acredita que a ponte suportará o seu peso e do seu carro. Você não desce do carro para, primeiro ver se a ponte está em condições. Fé não é ver para só depois crer; mas, crer primeiro para só então ver.

Davi disse: “Morreria se não cresse que veria os bens do Senhor”. O que é fé? Na composição gramatical é um substantivo simples. Então o que é fé? Fé é uma partícula do próprio Deus em no homem. Coisa tremenda, algo infinito num ser finito. Algo imortal num ser, mortal. Algo do todo poderoso num ser destituído de tudo o que lhe pertencia por causa do pecado lá no Éden. Agora Deus o ama e nesse amor infinito dá a esse homem um pedacinho do Seu, eterno, do altíssimo. Com isso, esse ser que no Calvário lhe é restituída a comunhão com Deus, agora passa a ter em si um pouco do próprio Deus. Divino. Do eterno. O Homem tendo a fé que Deus tem. Realizando a obra como Deus a realiza. Como se dá isso? Diz que Deus distribuiu uma medida de fé a cada um segundo o seu beneplácito: “...conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Rm 12:3). Deus repartiu uma medida de fé a cada um, saibamos usá-la para a Glória de Deus. Amém.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Religião

Três assuntos que eu, particularmente não gosto de cogitar: um deles, futebol, o outro política e o terceiro, religião. Mas, o que é religião? Segundo o dicionário latino quer dizer religar, ou seja: ligar algo que fora ligado e que então desligado. Não discuto religião! Sempre respondo assim, quando sou solicitado. Eu anuncio ou prego, como queiram, a verdadeira religião; só verdadeira não: a única religião. Em termos de religião, propriamente dita. Se entendemos que o homem necessita de uma religião, então anunciamos-lhe a única religião: Jesus Cristo. Por que Jesus Cristo é a única religião? Muito simples, Ele é o único comissionado por Deus para essa tarefa. O homem, pelo pecado desviou-se de Deus, o nosso pai, necessita com veemência de uma nova ligação do Ele. Deus, na sua infinita graça idealizou um plano para que o homem tornasse a ter ligação com Ele e por isso enviou o seu Filho amado, o único filho, para que através dEle pudéssemos nos tornar filho de Deus também, e todos os que O aceitarem, terão uma nova ligação com Deus – uma religião.

Religião não limita-se a dogmáticas de igrejas. Não é mero conceito humano. Foi Deus o fundador da religião. Ele a fez, Ele a revelou a nós; pois, sem Ele sucumbiríamos. O homem sem ligação com Deus morre. É como os ramos quando cortados da videira, logo murcham e morrem pelo chão. O homem longe de Deus é alvo de insídias e fracassos. O homem afastado de Deus é zero à esquerda ou pior ainda! E agora, tenhamos claro o conhecimento que a única pessoa que pode nos levar ao Pai é nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não há outro. Ele, e só Ele!

A Bíblia não deixa a menor dúvida: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12). Aleluia!!! “Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, o qual se deu a Si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho ao seu tempo” (I Timóteo 2:5,6).

Um só Mediador. Um só Mediador entre Deus e os homens.
Depois que o pecado entrou no mundo por um só homem e com isso o desligamento do homem com Deus, agora, por um só Homem obtemos nova ligação com Ele através de nosso Senhor Jesus Cristo, Homem.

E, para finalizar: “Porque se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da Graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só – Jesus Cristo” (Rm 5:17).

Religião é Jesus Cristo.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Que diversão

Há quem ache diversão num campo de futebol. Outros, porem, preferem salões de festas para divertirem-se. Alguns à custas alheias. Entretenimento faz parte da vida. Quem vive precisa distrair-se com alguma cousa. A diversão é uma forma de como livrar-se da tensão nervosa. A diversão distrai, desentorpece o ser humano. Ela é, portanto, boa.

No livro sagrado encontramos uma diversão cujo autor pouco (ou nada) nos agrada. Pouco não; não nos agrada em nada. Trata-se de Satanás. O que entendemos ali é que ele se diverte com as criaturas. Analisando o que ele tem feito com este mundo, pensamos ser o lugar predileto dele, a terra, para suas diversões. As tragédias, as catástrofes, os crimes de sangue, as drogas, a violência... os atentados contra Deus.

Nas palavras do escritor sagrado podemos divisar: primeiro o Senhor pergunta: “Donde vens?” e ele (Satanás) logo responde “De rodear a terra, e passear por ela” (Jó 1:7). Rodear a terra e passear por ela quer dizer que Satanás escolheu a terra para efetuar seus passeios! Passeando e distraindo-se à procura de diversão: já o passeio é uma diversão, mas encontra outra diversão: Jó. Um ser que teme ao Senhor é uma diversão para Satanás. Querem ver? Logo busca como divertir-se com a raça humana na figura de Jó. “Observaste tu o meu servo Jó?” foi o que o Senhor Deus perguntou a ele. E o Senhor acrescenta: “Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, homem temente a Deus e desviando-se do mal” (Jó 1:8).
Admirável!!!
Deus confiou em um homem, fazendo menção dele à Satanás. E ainda mais: “(...) ninguém há na terra semelhante a ele (...)”. Deus testemunhou dele à Satanás. Deus conhece todos os seus filhos. A Bíblia diz que Ele sabe até quantos cabelos há na cabeça de qualquer um deles. As qualidades de Jó são realmente ponderáveis. Alguém que seja sincero, reto, temente a Deus e desviando-se do mal; será que há, hoje, alguém em quem Deus possa confiar? Em Jó Ele confiou. É sobre isso que vamos falar.

Satanás vendo a confiança de Deus à Jó, logo entra em cena: “porventura teme Jó a Deus debalde?” (Jó 1:9). Foi uma pergunta inteligente. Ninguém teme a Deus em vão. Ninguém que teme realmente a Deus fica sem a paga. Mas o que ele queria era outra coisa: “porventura não o cercaste tu a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem?” (Jó 1:10). “Toca-lhe em tudo quanto tem, e verás senão blasfema de ti na tua face!” ele queria, nas palavras do Senhor Jesus, cirandar com o temente a Deus Jó. E o Senhor lho permitiu tocar em tudo, exceção feita da alma. Deus permitiu que destruísse tudo de Jó: seu gado, seus criados, camelos, filhos, filhas e até na sua saúde, ele tocou em Jó. Contudo Jó em nada se opôs a Deus; pelo contrário, louvou ao Senhor numa prece de uma eloqüência dramática: “Nu saí do ventre da minha mãe, e nu tornarei para lá; o Senhor deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21). Jó era o mais rico em todo Oriente. Ficou sem nada. A Bíblia nos afirma: “em tudo isso Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1:22). Então Satanás se diverte na terra com seres humanos de Deus.
Que diversão...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Cidade Luz

No livro de Deus encontra-se registrada a mais bela aspiração para a cristandade. Trata-se da cidade santa. Lar eterno dos imortais. Capital do Universo. A Bíblia a chama de “noiva do Cordeiro” e nos diz de onde ela virá: do céu (apocalipse 21:2). Nesta cidade o sol não existirá; nem a lua. “A lua se envergonhará, e o sol se confundirá quando o Senhor dos exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém; perante os seus anciãos haverá Glória” (Isaias 24:23).

A Glória de Deus mesmo a iluminará. Ela será por eterno fanal ao Universo. Não houve igual, nem haverá. Só ela pode ser tão bela. Nela, não haverá templo algum; porquanto o Senhor Deus mesmo é o templo. Será notória por suas dimensões, beleza, luz, rio, árvores e habitantes. Terá um grande e alto muro com doze portas, e nas portas, doze anjos... as doze portas são doze pérolas. Sobre essas pérolas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel, diz o versículo doze do capítulo vinte e um.
A pérola é produzida por um organismo vivo. É resultado de um ou de qualquer ferimento no corpo da ostra. Uma partícula de areia que provoque uma irritação dá um resultado, uma pérola. É a resposta do organismo ofendido ou ofensor. Assim também, a Cidade Santa e os seus habitantes resultarão de um sofrimento inflingido à Cristo.
Os judeus não consideravam a pérola uma pedra preciosa. Jamais foi mencionada entre as posses valiosas dos judeus. Isso serve de símbolo para o pecado de Israel, que resultou na crucificação de seu Messias. Mas, desse sofrimento origina-se a pérola de grande valor, e naquele dia os portões em que estarão os nomes das doze tribos de Israel serão uma grande pérola. Então, a pérola será a mais preciosa pedra de Israel.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Regeneração

O que é regeneração? Uma pessoa chegou bem perto de mim: “estou me regenerando”. Eu, a princípio não entendi; depois fui entender.

Regeneração é, pois, uma das duas palavras proféticas. Trata-se de um vocábulo geralmente aplicado de maneira a limitar o seu sentido àquilo que atualmente é já no passado (mas que anteriormente fora profecia).

A história da humanidade resume-se em três palavras: geração, degeneração e regeneração. A regeneração consiste do processo de restaurar, ao seu estado original, algo que sofreu um processo de degeneração. A Bíblia menciona dois tipos de regeneração: a regeneração da alma e a regeneração da terra. No que se refere a alma: “Não por obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia nos salvou pela lavagem da regeneração e renovação do Espírito Santo” (Tito 3:5). A alma degenerada não pode ver a Deus. É preciso que sofra uma metamorfose, uma transformação mediante o lavrar regenerador e renovador do Espírito Santo e só assim verá o Senhor. No tocante a terra temos: “Jesus lhes respondeu: em verdade vos digo que vós os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono de sua Glória, também vós assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel” (Mt 19:28). A regeneração é aplicada à alma porque houve degeneração e precisa haver restauração ao seu estado original de perfeição, mediante lavagem e regeneração. Aplica-se também à terra porque ela se degenerou e desceu muito abaixo da perfeição original, e tem de ser restaurada. A regeneração não diz respeito aos corpos dos santos. Os corpos não serão restaurados e sim transformados e glorificados. “Semeia-se corpo natural, ressuscita corpos espiritual” (I Co 14:44). Isso é superior e está acima, além da regeneração. “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou” (Rm 8:19).

domingo, 18 de julho de 2010

Porque sou cristão

Porque vejo Deus. Toda a humanidade, de um modo geral, quer ver Deus. Se eu, prometendo mostrar Deus convocasse as pessoas, tenho certeza que um sem número de gente deixaria todos os seus afazeres, deixaria tudo e viria ao local onde eu supostamente mostraria Deus. Isso não é de agora, desde há muito tempo o homem quer ver Deus. Moises O quis ver, e outros também O quiseram. Mas, ninguém jamais viu Deus. Nem Adão, antes mesmo de pecar. Mas, perguntaríeis como o escritor disse ‘vejo Deus’? Sim, meus amigos, o cristão vê Deus. “Ele é a imagem do Deus invisível...” (Col. 1:15, primeira parte). O Senhor Jesus Cristo é a imagem do Deus invisível. Deus se deixou a se conhecer através dEle. É natural que tenhamos necessidade de ver Deus, pois assim dizemos a Ele nosso problemas, nossas dificuldades, nossos pesares (...), e Cristo é a imagem dEle, o nosso Deus. O escritor da carta aos Hebreus assevera: “(...) a expressa imagem da sua pessoa” (1:3). Cristo, a expressa imagem de Deus!!! Paulo, em sua segunda carta aos Coríntios afirma: “Cristo, que é a imagem de Deus” (4:4). Eu sou seguidor de Jesus Cristo por causa da grande benção que Ele tem trazido ao mundo. Temos conhecimento de pessoas que antes de aceitar Jesus, eram pessoas tristes, sem paz, sem satisfação, sem sequer prazer de viver. Não faz muito tempo estive com um jovem de apenas dezessete anos e que não tinha mais prazer em viver. Oh, faltava-lhe Cristo em seu coração. Cristo é, de fato, a causa de bênçãos para este mundo. Os homens se sentem inseguros quanto a sua vida; Cristo dá segurança. O senso de segurança que sente o navegante ao pisar em terra firme, após uma longa e tempestuosa viagem, é o mesmo que sente o cristão ao receber, de coração, o Senhor Jesus Cristo.

Por causa daquilo que Cristo significa para mim. Depois do que Ele fez por mim, sendo Ele o único a cumprir, por mim, os mandamentos de Deus; Ele o único a preencher os requisitos de Deus em meu lugar, Ele que deu sua vida por mim, Ele que foi sepultado em meu lugar e Ele que ressuscitou para assim eu também, pela fé nEle ressurgir um dia com Ele.

Ele significa muito para mim. O que Ele sofreu foi por mim, em meu lugar. É a maravilha da Graça divina: o inocente foi feito culpado para que o culpado se faça inocente, Gloria a Jesus!!! Eu olho para o seu sacrifício e vejo que deveria tê-lo sofrido: Ele o fez por mim; Ele é tudo para mim. Por isso eu não me vergonho em dizer que sou um cristão, pois Cristo muito padeceu por mim. Eu posso dizer Cristo é o meu salvador, o meu Senhor, Ele significa tudo para mim. Ora, eu vejo Deus em Cristo Jesus, Ele trouxe grande benção para mundo. Não quereis ser cristão também? Ele pode significar tudo para você!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Deus Pode!

Era um rapaz exemplar. No dizer bíblico, um mancebo de qualidade. A vida desse moço, equilibrada. Estritamente religioso e sobretudo rico. Um argentário. Um guardaplatas. Estimando Mamona: deusa do ouro. Contudo lhe faltava alguma coisa: “Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?” (Mt. 19:16). Uma prova que era religioso; quando Cristo perguntou-lhe se guardava os mandamentos, ele respondeu: “Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade.” (Mt. 19:20). Um jovem circunspecto. Sóbrio. Comedido.

Então nosso Senhor que sonda os corações vai direto onde é preciso. O Senhor sabia que ele tinha o coração posto nas riquezas. “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro nos céus e vem e segue-me.” (Mt. 19:21). Que prova dura para ele! Não, isto não dá para fazer, pensou ele, e retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.
Com o ocorrido nosso Mestre faz uma parábola: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que entrar um rico no reino dos céus.” (Mt 19: 24). Ele falou isso dirigindo aos seus discípulos que logo ficaram intrigados. Passar um camelo pelo fundo duma agulha é quase impossível. Vejamos: nas cidades antigas, que eram muradas, havia pequenas portas nos cantos dos muros que mal dariam para passar uma pessoa. Às vezes a porta da cidade sendo muito grande e pesada, havia então uma portinhola; porque assim a grande permaneceria fechada e só se passaria pela pequena que é a chamada fundo de agulha. Ademais, fundo de agulha era um adágio. Um provérbio popular, usado na época. O que causou espanto nos discípulos foi o fato de ser difícil um rico entrar no reino de Deus. Porque para os judeus rico era abençoado de Deus. Riqueza significa benção divina. Pobre era como se fosse amaldiçoado. Rico seria favorito de Deus.

Se rico sendo favorito de Deus era difícil entrar no reino dos céus, quanto mais pobre!!!
Agora a assertiva bíblica pronunciada por Jesus: “Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.” (Mt. 19:26) . Então a salvação é pelo poder de Deus. Ninguém é salvo por ser pobre. Ninguém é salvo por ser rico. Isto porque ninguém pode salvar-se. A salvação é obra da Graça. Salvação é uma graça subjetiva: Deus por nós. O homem não é salvo porque quer. Quando o homem se dispõe a buscar a salvação, já é a Graça atuando nele. Pois a Graça toca em três mundos do homem; isto é, o homem dividido em três mundos: o mundo intelectivo. O mundo sentimental. O mundo volitivo. Pela inteligência ele sabe de Deus, e com a vontade, ele aproxima–se de Deus. Tudo isso o homem não consegue por si só, mas pelo poder de Deus, pois só Deus pode.

domingo, 13 de junho de 2010

Tão só

À luz do texto sagrado, posso divisar quão atroz, o sofrimento de meu Jesus por nós. Numa efusão de súplicas por nós. Quanta agonia, tanto sofrimento. Sofreu só. Tão só.
O evangelista Lucas assim escreve: “E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até o chão” (Lc 22:44). O peso do pecado da raça humana era quase que insuportável. O preço a ser pago foi alto. E o Senhor Jesus sabia disso; ausentando-se de seus discípulos. Jesus poupou-lhes tal cena. Cena indescritível. O Getsêmane foi para Jesus, santuário. Um genuflexório no monte. A bíblia diz: “E a apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava...” (Lc 22:41). Orava porque sem oração não há vitória. Há uma grande necessidade de oração contínua. Orar ao Pai, pedir sua orientação, pedir sua divina direção. Jesus deixou-nos exemplos de oração. Orava sem cessar. Voltemos ao Getsêmane, onde meu Jesus padeceu. Ali foi dado o supremo exemplo da renúncia. Ali começou o calvário. Ali começou a agonia. Agonia é uma palavra de origem grega; tem o significado e quer dizer: luta. Luta de morte. Luta contra a morte. Ali Jesus lutou de joelhos! Caiu de borco e orava. O seu sofrimento era tanto que, “apareceu um anjo do céu que o confortava” (Lc 22:43). Foi preciso um anjo para O confortar. Seu amigos, até dormiam. Jesus sofria, por mim, por você, por nós. O que era para nós passarmos, Ele passou por nós. O que devíamos sofrer Ele sofreu por nós. Reconheçamos tamanho sacrifício e tão grande amor e rendamos graças à Deus por Jesus. Ali começou o calvário: e terminou quando disse ‘está consumado’ (Jo 19:30). Como que dizendo: paguei o preço requerido por Deus para a salvação. Agora, para que alguém seja salvo, basta crer. Basta crer. Dispensa sacrilégio. É dispensado méritos humanos (posto que não os temos). É mister crer. Crer em Jesus, crer no que Ele fez por nós. Crer nEle único e todo suficiente salvador dos homens. Ele morreu e ressuscitou pelo poder de Deus por nós. Por salvar-nos. Só Ele pode salvar-nos!!!

Obs: ‘de borco’ porque o sacrifício para Deus era de barriga para baixo, humilhação. Os sacrifícios da época eram de barriga para cima; sacrifício morto. Matava-se um animal e o colocava de barriga para cima. Hoje Deus somente aceita sacrifício vivo e não morto. “(...) que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo (...)” (Rm 12:1)

As Três Cruzes

Há três cruzes no Calvário: A cruz à direita – zombaria. “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós” (Lc 23:39).

A cruz à esquerda – arrependimento e fé: “e disse a Jesus Senhor: lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lc 23:42).
E a cruz do centro – sofrimento vicário: o sofrimento de nosso Senhor por nós.

Hoje ainda há três cruzes: os que zombam do evangelho, desconhecendo ser o Poder de Deus para a salvação do que crê (Rm 1:16). Não sabendo que não há outro meio de aproximação a Deus, senão por Ele: Jesus. Zombar é sinal de ignorância, de prova cabal de falta de conhecimento. Zombar é sinal de inferioridade. De baixeza. Zombar do evangelho é zombar do próprio Senhor Jesus, que o instituiu. É Ele o fundador do cristianismo. Jesus deu Sua vida ali no Gólgota, deixando assim o selo máximo de seu amor pelos perdidos, através do Evangelho. Aceitar o evangelho, a graça de Deus revelada em Jesus, é compenetrar-se do seu estado lastimável diante de Deus em arrependimento. A maior prova de arrependimento é a renúncia própria. É deixar de praticar os delitos de antes, aceitando a graça de Deus pela fé. E a fé vem de Deus, o homem por si só não pode ter fé.

Fé é uma graça subjetiva: Deus em nós, enquanto que a cruz é uma graça objetiva: Deus por nós.
Fé é Graça. Dom de Deus. Ninguém tem mais fé por ser mais simpático ou bonzinho. E ninguém tem menos fé por ser antipático ou feio. Fé é Deus em nós. O ladrão da cruz arrependeu-se e com fé declarou: “e nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que nossos feitos mereciam: mas este (referindo-se a Jesus, nenhum mal fez)” (Lc 23:41). Com o efeito do arrependimento ele já repreendera o outro impenitente, que não aceitou o perdão do Senhor, rejeitando a salvação. Diz o texto: “tu nem ainda temes a Deus estando na mesma condenação” (Lc 23:40). A pessoa salva movida pelo efeito do arrependimento procura levar outras pessoas ao arrependimento, à salvação.
Aquele malfeitor, agora salvo, tornou-se num átimo pregador do evangelho: diante do que rejeitara e de toda a multidão. Mesmo sem ter cursado um seminário, ele evangelizou. E o Senhor afirma-lhe enfaticamente: “em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23:43).
Agora, a cruz de Cristo. Cruz impar; porque não tem par, mesmo no meio de muitas cruzes. Cruz de verdade, não de mentira. Cruz que foi instrumento de suplício. Rude. Grosseira. Duas peças de madeira atravessadas uma sobre a outra. Manchada de sangue. Cruz igual a qualquer outra destinada ao mesmo fim: “e, quando chegaram ao lugar chamado caveira, o crucificaram...” (Lc 23:33). A cruz, que para os judeus é escândalo e os gregos consideravam-na na loucura. E, para Deus o crucificado era maldito: “maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Dt 21:23).
A cruz de Cristo foi, assim, suplicio e maldição. Mais, porém do que qualquer outra. Porque quanto ao suplício Ele não merecia. Por ser inocente? Não. Por ser santo. Imaculado. E quanto à maldição – Ele se fez por nós. Por todos nós. Maldição não de um, mas de todos os homens.

Aceitemos então o Seu sofrimento em nosso lugar. Por nós!

domingo, 30 de maio de 2010

Aflição pode ser fornalha

Fornalha. O que é fornalha? Ora, fornalha é um grande forno. O aumentativo de forno. Forno que serve para expurgo de metais. Há em São Paulo desses fornos onde o metal é purificado. Ali o metal sofre tamanha caloria que se desprende dele a escória, a impureza. O processo é simples: o cadinho purificador leva o metal ao fogo, onde, recebendo a caloria o metal vai sendo purificado. Quanto mais caloria, mais puro, mais brilhante. Agora vamos ao texto: “Eis que te purifiquei, mas não como a prata: provei-te na fornalha da aflição” (Isa 48:10). Então, Deus prova os seus filhos? Prova, porque deseja de cada um uma vida nova. Somos purificados por Ele. “Eis que te purifiquei...” Ele se vale do crisol para nos purificar. Os meios que Ele usa são muitos; a aflição é um deles. Já houve quem disse: “antes de ser afligido, andava errado...” (salmos 119:67). Em momentos de aflição se busca mais ao Senhor. Em tempos de aflição temos o coração voltado para Deus, mas, por que temos de ser purificados? Porque para Deus somos prata!!!! E é mister que a prata, que somos nos, seja branca e brilhante. De valor inestimável. Quanto mais branca e brilhante, mais valor tem. Branco: pureza. “Sem santidade ninguém verá o Senhor”, é a assertiva bíblica. O Senhor Deus está levando a criação para um propósito definido. O que chamados de Providência. A Providência trabalha com denodo para manter e governar a criação, levando-a até o alvo: participante da santidade divina. A aflição pode ser fornalha conquanto que participemos da santidade de Deus. Porque participando dela veremos a Deus: “...para nosso proveito, para sermos participantes da Sua santidade” (Hb 12:10). Assim que, como a prata que sendo levada ao forno fica purificada: mais branca, mais brilhante, assim Deus deseja que agente também fique. Ninguém deve reclamar ou replicar contra a aflição, seja como for, ela vem para o nosso bem. Não que o escritor seja do tipo masoquista: que cultiva o prazer de sofrer. Não. É que a purificação vem por meio da aflição. A aflição serve de crisol para Deus por nós. E não nos esqueçamos que diante de Deus somente há dois elementos purificadores: o sangue e o fogo. Quem não quer ser purificado pelo sangue, terá de ser purificado pelo fogo. Então, nos submetamos ao tratamento divino: provei-te na fornalha da aflição.

Obs. Hoje vivemos depois do Calvário então, o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado. Ao tempo em que esta escritura foi escrita, ou seja, antes do Calvário, vivia-se crendo na purificação só pelo fogo. Hoje não. Temos Jesus que nos purifica. Temos o sangue de Jesus que nos purifica.

domingo, 23 de maio de 2010

Deus: Luz e Sombra

O apóstolo João assim escreve: “E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: Deus é luz, e não há nEle trevas nenhumas” (I Jo 1:5). A primeira coisa que percebemos é que é uma mensagem. Diz o texto: “esta é a mensagem”. Aqui nos é dada três características de Deus: três que só pertencem a Deus. Não estamos dizendo que seja uma luz ou que seja a luz; mas, Deus é luz. E não há nele trevas nenhumas. Não simplesmente um atributo. Deus é luz! Diz o texto sagrado. Luz que ilumina, luz incandescente, que propaga, que brilha. É o teor da luz.
A primeira característica que João dá-nos de Deus é: Deus é espírito, está no evangelho (João 4:24); A segunda, Deus é amor (I Jo 4:8) e Deus é luz (trecho em pauta). Isto para que conheçamos a Deus. No passado, negavam-se o conhecimento de Deus. Eram os adeptos do agnosticismo. Sem conhecimento de Deus. Para o povo do tempo de Moisés, Deus é um fogo. Mas as propriedades do fogo são outras: o fogo consome. O fogo queima; o fogo ilumina sim, mas, destrói – Deus é luz.
Quando é que Deus é sombra? O salmista assim ora: “Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia de mim, ó Deus, porque a minha alma confia em ti; e à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades” (salmos 57:1). Ele diz: “à sombra das tuas asas me abrigo”. Que lugar mais acolhedor! Jesus, certa vez, assim disse: “Jerusalém, Jerusalém, que matas profetas e apedrejas os que são te enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos como a galhinha ajunta os teus pintos debaixo das asas e tu não quiseste!” (Mt 23:37). Sombra é refúgio: um foco de luz quando interceptado por algo, produz a sombra. Sombra que acolhe.
O salmo 91, as palavras são diferentes, mas o sentido é o mesmo: “aquele que habita no esconderijo do Altíssimo à sombra do onipotente descansará” (salmo 91:1)
Não adianta uma luz para iluminar; se não há uma sombra para acolher. Em outras palavras: não adianta conhecer Deus, através da iluminação divina, e não poder esconder-se nEle. Deus é sombra que acolhe. Todos devem ocultar-se em Deus. Ter conhecimento de Deus é bom, mas é preciso reconhecer Deus como uma sombra acolhedora.
Ocultar-se em Deus é fazer vida com Ele. Como disse Jesus: “se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós...” isto é vida com Deus. Através de Cristo conseguimos reconhecer Deus que é luz e sombra. LUZ que ilumina e SOMBRA que acolhe.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Quem está perdido?

Só é perdido quem está perdido? É o que veremos no exercício das três parábolas que nosso Senhor Jesus Cristo nos propôs. Primeiro, a parábola da ovelha. O Senhor pergunta: “que homem dentre voz tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?”(Lucas 15:4). O pastor deixa noventa e nove para ir em busca de uma! A ovelha é diferente de outros animais; não sabe voltar ao aprisco. Falta-lhe o que há de sobra no gato, no cão... etc. exemplo: se soltarmos um gato longe de sua residência: assim mesmo ele saberá voltar; pois é dotado de um instinto perceptível. Ele consegue localizar-se. Num depoimento de um pastor de ovelha soubemos que ela ao desgarrar-se toma sentido oposto ao do aprisco; ou seja, desejando voltar, vai para mais longe e perde-se. Daí a necessidade de um pastor ir em busca. Nosso Pastor está no encalço da ovelha: deu sua vida por ela. “Eu sou o Bom Pastor; o Bom pastor dá a Sua vida pelas ovelhas” (João 10:11).

Segundo, a parábola da dracma perdida “ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligencia até a achar?” (Lucas 15:8). Aqui o pecador é comparado a uma dracma. Dracma é uma moeda em que mesmo ao tempo em que foi proposta a parábola não tinha valor. Era uma moeda fora de circulação. A mulher tinha dez dracmas, quem sabe fosse uma coleção. Há, ainda hoje, colecionadores de dinheiro antigo, fora de circulação. Perdendo-se uma a coleção ficaria incompleta. O que ela faz? – acende a candeia e varre a casa. O que quer dizer que dentro de uma casa, comunidade, igreja ... alguém pode estar perdido. É mister que se providencie a procura. Acender a candeia para ter conhecimento claro da perda e melhor visão dela. Varrer a casa para revolver toda a sujeira, tudo que vem a impedir a localização da dracma, então perdida.

Terceiro, a parábola do filho prodigo. Pródigo sim, mas filho. “um certo homem tinha dois filhos; e o mais moço deles disse ao pai: Pai dá-me a parte da Fazenda que me pertence” (Lucas 15:11,12). Decide esbanjar o que ele crera ser seu. Não era dele, pois sabemos que a herança só se passa para os filhos quando o pai falece. Também não trabalhara para conseguir a fortuna. Mas, mesmo assim disse: “dá-me a parte da Fazenda que me pertence” e o pai lho concedeu. Logo vai para uma terra longínqua e ali desperdiça tudo. Na pior maneira. Quando se vê sem nada, dá-se pelo fato de que precisa trabalhar; pois, senão como iria viver? O pior emprego é o que ele consegue: cuidar de porcos. No chiqueiro ele disputa com eles a comida. Aqui o exemplo não é menos comum: o pródigo representa o pecador que, desviando-se da presença divina, cai na compulsória e começa uma vida sinistra. Quem sabe um delinqüente. Um libertino. Um degenerado. Na pocilga. No lodaçal. Na lama. Não como ovelha; a ovelha não gosta de lama. No caso da ovelha, o pastor a busca. Nesse caso não. Ele espera como o Pai na parábola. Espera ansioso a volta do filho. Requer-se arrependido. Pois só o arrependimento o trará de volta. E quando volta há festa. Festa por um pecador que se arrepende. Nosso Senhor disse que há festa no céu.

Queres arrepender-se?

Obs. Arrepender-se é ‘metánoia’, isto é, meia volta. Alguém que está indo numa direção converge cento e oitenta graus.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Rico Insensato

A Bíblia nos conta que um homem muito rico, ficara ainda mais rico, quando sua herdade tinha produzido com abundância deixando-o até sem saber onde armazenar tantos recursos. Com o acontecido logo diz à sua alma: “alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, e folga” (Lucas 12:19). Mas Deus lhe disse: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será?” (Lucas 12:20). O que o Senhor Jesus quer ensinar-nos não é que devamos ser pobres e mendigos. Não! Ser rico é benção de Deus! Não que ser pobre não o seja: mas a riqueza é um dom divino. Deus dá a quem Ele quer. Então, onde está o erro desse rico insensato? Errou porque disse: “alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, e folga”, eis o grande e fatal erro. A alma não pode satisfazer-se com bens materiais. A alma só pode sentir-se satisfeita com as cousas espirituais. Ela veio de Deus; só satisfaz-se com Deus. A alma não precisa de muito dinheiro, nem de carros luxuosos, nem de casas grã-finas e mansões... ela só se sente realizada em Deus. Ele disse: “alma, descansa...” vejamos como pode a alma descansar. O salmo 91 assevera “aquele que habita no esconderijo do Altíssimo à sombra do Onipotente descansará”. Só à sombra do Onipotente a alma descansa! Ele disse: “alma, come ‘a alma não come alimentos produzidos pela terra; ela só se alimenta de pão espiritual, Jesus disse: “Eu sou o pão da vida” (João 6:35) eis o alimento da alma, Pão do céu. Pão de Deus. Ele disse: “alma, bebe” não sabia ele que para dessedentar a alma é preciso ir a fonte certa, fonte da água da vida. Certa feita Jesus estava diante de uma mulher e pediu-lhe água para beber, e ela não o quis dar lançando-lhe em rosto “como sendo tu judeu me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” aqui a água era para dessedentar o físico mas Jesus mostra-lhe uma água ainda mais preciosa: “se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz – dá-me de beber, tu lhe pedirias, e Ele te daria água viva” (João 4:10). Água viva, eis a água com a qual a alma pode saciar-se, só com Jesus. E ele disse quem de mim bebe, nunca terá sede!

Disse o rico: “alma, folga”. Insensato!!! Com que pode a alma folgar? A alma não pode folgar a não ser na presença de Deus. Muitos afastados, equilibrados financeiramente são os que menos podem folgar. Muita vez são levados aos suicídios, ao refugio das drogas, a pornografia, as orgias... nada disso pode folgar, satisfazer a alma do homem. “Deleita-te também no Senhor, e Ele te concederá o que deseja o teu coração” (salmo 37:4).

A peroração do texto assim descreve: “assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus” (Lucas 12:21).

Sejamos ricos para com Deus, buscando Sua presença, buscando nEle o descanso, o pão, a água, e nEle folgamos, pois só Ele através de Seu Filho, Jesus Cristo, satisfaz a alma do homem. “Que farei?” foi a pergunta inicial do rico. Só que ele fez errado. Teria feito certo se buscasse em Deus a Sua presença para a sua alma.

Obs. Hoje somos muito materialistas, só pensamos em aquisição material, quando o TUDO não é assim; é apenas parte do TUDO.

Deus é TUDO em todos.

domingo, 2 de maio de 2010

Júpiter e Mercúrio

Estranho encontro, aqueles dos apóstolos ali em Icônio. Fizeram como de costume, entraram na sinagoga e começaram a pregar. E a Bíblia nos fala que eles ‘falaram de tal modo’ que creu uma grande multidão, não só de judeus, mas de gregos (ato 14:1). Os judeus que nunca conseguiram tanto, logo ficaram furiosos. A cidade se dividiu em dois grupos: os prós e os contra. E com a confusão foi preciso que eles fugissem para outro lugar. Teria sido covardia? Não. Instinto. Instinto de conservação. Todo ser humano gosta de preservar a vida! Afinal estavam começando a carreira e tinham muito a fazer. Chegaram a Listra e Derbe, cidades da Licaônia. Ali novamente pregaram o evangelho. Logo se deram pelo conhecimento de um varão coxo desde o ventre de sua mãe, o qual nunca tinha andado. Paulo, um homem como poucos, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta: ‘levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou’ (atos 14:9,10). Com o milagre a multidão levantou sua voz dizendo com língua licaônica: fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós. Havia como lenda entre os licaônicos que seu rei sendo visitado por Júpiter e querendo provar a sua divindade fê-lo comer a carne de uma criança que ele havia sacrificado. Júpiter deu-se pelo fato de que a carne era de gente e então indignado com o caso transformou o rei em um lobo metamorfoseou o rei em um lobo. Essa lenda era muito conhecida deles. Havia também a crença de que os deuses visitavam os homens, então Júpiter teria visitado o rei. Bem, agora o caso é curioso: a multidão alegrara-se com o milagre operado e logo quis sacrificar aos dois como sendo a Paulo; Mecúrio e a Barnabé; Júpiter. Pelo simples; sabia-se que Júpiter falava pouco e quando visitava a terra, trazia consigo um orador. Segundo a lenda Júpiter pouco falava e não ouvia. Sabia-se isto tanto na mitologia grega quanto na romana. Então, Paulo, era para eles Mercúrio: o que falava muito. Paulo, senão falava bem, eloqüente, era um loquaz. E Barnabé era um homem de porte nobre. Falando pouco, mas dando uma impressão circunspecta.

Devemos saber que a língua licaônica era um grego de difícil entendimento. Cheio de modalidades e por isso demorou para os servos do Senhor perceber que eles o cultuariam.
À porta da cidade, do lado de fora, havia um tempo dedicado a Júpiter. Mas, porque à porta da cidade e do lado de fora da cidade? Para proteger a cidade.
Os sacerdotes logo foram buscar no templo touros e grinaldas para o sacrifício. Os apóstolos não aceitaram. E se não repeliram com azedume, pelo menos com muita objetividade: ‘varões, por que fazeis essas coisas?’, disse isso saltando para o meio da multidão, tendo rasgado os seus vestidos (atos 14:15). Começou dizendo que aquilo era vaidade. E eles eram homens iguais a qualquer um deles. E que eles deveriam converter-se aos Deus vivo; pois aquilo era para um deus morto. A repulsa foi grande: Deus dá liberdade aos homens. O texto nos diz que com dificuldade conseguiram impedir o que queriam. E quando conseguiram a multidão resolveu apedrejá-los. Vejam que a multidão queria fazê-los deuses e depois os apedrejam. É a psicologia das multidões. A quem confie na opinião pública. A opinião pública é o que há de mais volúvel. A mesma multidão que clamava ‘Hosana nas alturas’ ao Rei Jesus pouco depois grita, vocifera: ‘crucifica-o, crucifica-o’.
Bem, eles foram coagidos por uns que vieram de Antioquia e Icônio, onde estiveram os apóstolos e de lá foram expulsos. E, ao final de tudo, arrastaram a Paulo para fora da cidade, cuidando que ele estava morto. Assim era a pregação do evangelho: difícil. Muito difícil, arriscando a própria vida, muitas vezes. Mas, assim mesmo era pregado o evangelho. Graças a Deus por Paulo. Homem de fé. Homem de coragem.

Que possamos pregar o evangelho mesmo sem essas limitações.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Saliva

Assunto que fere ao bom gosto. Fere quanto a sua má interpretação. Mas, que é a saliva? Saliva é água mais sal. Produto próprio de quem tem boa saúde. H2O+CL. Agora vamos ao texto: João 9 fala-nos da cura dum cego de nascença. Fato curioso por sua peculiaridade: Cristo cura uma cegueira de alguém, cego desde o ventre, de maneira curiosa. Primeiro, os discípulos lhe perguntam quem pecou para que o infeliz nascesse cego, depois vem a cura. O Senhor Jesus Cristo diz que nem o pai, nem a mãe pecara, mas isto é para a Glória de Deus. Muita vez nos queixamos de doença em nós e em um de nossa família e esquecemos que pode até ser uma permissão de Deus, para a sua Gloria. A resposta de nosso Mestre é peremptória: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus” (João 9:3). Diz o texto sagrado que Jesus cuspiu na terra e com a saliva fez lodo e untou com o lodo os olhos do cego (João 9:6). Aqui está o nosso assunto saliva para a cura do cego. Sim, saliva!!! Por que teria usado saliva? Fazer lodo, mandar lavar no tanque de Siloé (que quer dizer o enviado), porque seria? Será que Jesus efetuaria a cura a poder de saliva? Creio que não. Corria entre os judeus da época um dito que a saliva em contato com o pó da terra havia poderes terapêuticos para a cura de cego, mas será por isso que Jesus usou este meio? Não. Jesus não precisa usar lodo para curar alguém. Houve casos que o Senhor disse apenas uma palavra e o personagem foi curado. Temos o servo do centurião de Cafarnaum, Jesus disse apenas uma palavra (Mateus 8:13). E muitos outros. O que Jesus quis foi exatamente ajudar o cego. É preciso que se desperte a fé em uma pessoa para que crendo receba a graça. Desta forma, Cristo estimulou a fé no cego. Quereis ver?
Pedro estava quase afundando no mar e Jesus estendendo a mão segurou-o. Não seria preciso estender a mão; bastava falar somente uma palavra e Pedro emergeria. Mas, para estimular a fé ao discípulo estendeu a mão (Mateus 14:31). É preciso ajudar ao necessitado. Foi o que Cristo fez ajudou ao cego untando-lhe os olhos com lodo formado pela Sua saliva.
Houve um discípulo que foi muito sincero quando pediu Jesus: “ajuda-me na minha incredulidade”. É preciso que Jesus nos ajude a crer mais nEle. A fé quem dá é Ele. Ninguém tem fé porque quer.
A saliva não ajudou a Jesus para o milagre, ajudou sim ao cego, quanto a sua fé para alcançar o milagre.

A saliva não tem poderes terapêuticos, clínicos, só serviu para, em rara exceção, estimular a fé ao necessitado. Gloria à Deus, ela cumpriu o seu papel. “O homem chamado Jesus, fez lodo e untou-me os olhos, e disse-me: vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Então fui e lavei-me e vi” (João 9:11).

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Salvação

“Vós, com alegria, tirareis águas da fonte da salvação” (Isaias 12:3).

Dera Deus um mandamento ao homem: “e ordenou o Senhor Deus aos homens: ‘de toda arvore do jardim comerás livremente; mas da arvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comerdes, certamente morrerás” (Gênesis 2:16,17). O homem, por sua vez, obstinadamente desobedeceu. Assim foi o começo do pecado. Uma pequena desobediência. Uma falta de atenção ao que ordenara o Senhor Deus. “E vendo a mulher que aquela arvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e arvore desejável para dar entendimento, tomou de seu fruto e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela” (Gênesis 3:6). Como corolário, conseqüência da desobediência a Deus; o homem teve de ausentar-se de Deus e a terra maldita por sua causa; a mulher com dores ao conceber filhos, com dor comerás o teu pão. Tudo isso por causa do pecado. E hoje, o homem não é pecador porque peca: ele peca porque é pecador. Vem já no sangue, a semente maldita do pecado. Através de um só homem o pecado chegou até nós. “Porque todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus” (Romanos 3:23).

Mas, Deus é amor. Por um só homem – Jesus Cristo – veio a salvação. “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Romanos 5: 12). “Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem abundância da Graça, e do dom da Justiça, reinarão em vida por um só – Jesus Cristo”. (Romanos 5:17) “Porque pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores; assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos” (Romanos 5:19). A paga pelo nosso pecado foi o preciosíssimo sangue de Jesus. “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22).

Como são perdoados meus pecados? “não, vos digo: antes, se vos não arrependerdes todos de igual modo perecereis” (Lucas 13:3).

Então, é mister arrependimento. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I João 1:9). É preciso confessar-lhe. Porque confessando nossos pecados em arrependimentos Ele nos perdoa. Devemos crer e aceitá-Lo como todo suficiente salvador. “Crê no Senhor Jesus Cristo e será salvo...” (atos 16: 31). Se faz necessário, ou melhor, é imprescindível vir a Ele – Jesus. “Todo o que o pai me dá, virá a mim; e de maneira nenhuma o lançarei fora”. Disse Jesus (João 3:37)

Só Jesus Cristo salva.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Perspicácia

Há quem pregue o evangelho puro como ele é. Há, porém, visando um ou outro intuito; menos o de salvar almas, micro-evangelho. Pasteurizado. Mesquinho. Não que o evangelho seja isso. Não, o evangelho de poder para a salvação de todo aquele que crê. Pregam porque querem; não porque Deus quer. Deus não quer o evangelho vilipendiado, atrofiado, sem salvação de almas. O evangelho que temos de pregar é o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. O evangelho de poder! ‘porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu e também do grego’ (Rm 1:16). O que pregam por ai? Movimento carismático. Cura em troca de dinheiro. Exorcismo a granel. Salvação de alma? Bem, salvação de almas, fica para outra ocasião. O que interessa é dinheiro. Movimento. Pantomina.

Creio que o Senhor Jesus Cristo quer curar, mas antes quer salvar. Não adianta ser curado e ir para o inferno!!!!

O salmista declara e enfático uma das verdades do evangelho: ‘não escondi a tua justiça dentro do meu coração; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação; não escondi da grande congregação a tua benignidade e tua verdade’ (salmo 40:10). Então, temos de anunciar a Verdade. A Verdade é Jesus Cristo. ‘eu sou o caminho e a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim’ (João 14:6). Evangelho quer dizer boas novas. Boas novas de salvação e não só de cura divina. Eu, a poucos dias, pude presenciar a cena mais indiscreta da jornada: o ‘missionário’ exigia uma quantia em dinheiro para que seus asseclas recebessem a ‘benção’. Se caso a pessoa não tivesse todo o dinheiro, deveria sair da ‘corrente’ de oração ou receber a ‘benção’ à prestação. Aos picados. Por etapa ou por capítulo. Creio que eles tenham vergonha (ou qualquer outro inibimento) de pregar o Cristo da cruz: que morreu e ressuscitou pelos pecadores. Preferem falar em tudo, menos no Cristo de Deus. ‘porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nos, que somos salvos, é o poder de Deus’ (I Co 1:18).

O importante é crer em Jesus, aceitá-Lo pela fé. Crer que Ele é o filho de Deus, e que Deus O ressuscitou dentre os mortos. Só Cristo salva! Aleluia! O resto é confusão. Acontece que Deus não é Deus de confusão, senão de paz. ‘Porque Deus não é de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos’ (I Co 14:33).

segunda-feira, 29 de março de 2010

Como vencer a dúvida?

Dúvida quer dizer indecisão do entendimento ou da vontade. Incerteza. Hesitação.

Jesus havia estado com seus discípulos, agora, após a sua ressurreição. Tomé, um dos doze, não estava presente. O que dá a nós este ensino. Por não se achar presente, não viu; por isso, não creu. ‘se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos e não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei’ (João 20:25).

Há pessoas que só vendo para crer. É um direito; não podemos negar. Tomé foi uma delas. Precisou ver para crer. E viu. Hoje, quando anunciamos Jesus a alguém sempre, ou quase sempre, ouvimos dizer ‘preciso ver a Jesus para nele crer’. A indecisão do entendimento leva a isto, mas, agora Jesus deixa que creiamos primeiro, para que depois O vejamos.

Os demais discípulos estavam seguros da ressurreição de Jesus; Tomé, não. O que fez o Senhor Jesus para tirar-lhe a dúvida? – apareceu. Apareceu a eles novamente, só que dessa vez estava Tomé: para ele em especial. Convém notar que Jesus procura satisfazer a todos. Sem distinção. Que amor, que amor, o de Jesus. ‘põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente’ (João 20:27). Ele preparara esse encontro só por Tomé. E por isso dirigiu-se a ele com essas palavras, que Tomé jamais esqueceu. Tomé, logo reconheceu-se incrédulo – que virtude imitável! ‘Senhor meu e Deus meu!’ (João 20:28).

Agora ele podia crer realmente que Jesus fora morto, mas que agora vive! Aleluia por Jesus! Sempre que houver dúvida no ser humano, ele deve lutar por exterminá-la. Vença a dúvida. Para vencer-se a dúvida é mister ir à fonte certa: Jesus CRISTO.

Quando olhamos para o Calvário e vemos aquela cruz vazia, recebemos a fé de Abraão, e bradamos como Cristo vive e porque Ele vive, temos confiança de que com Ele reinaremos. Jesus é certeza. Única esperança. Jesus dá vida ao diálogo: ‘porque me viste, Tomé, creste; bem aventurados os que não viram e creram’ (João 20:29).

Há uma benção especial àquelas pessoas que tiveram o privilégio de não vendo, crer. Não como me disseram ‘preciso ver a Jesus para nele crer’, não; aceitando-O pela fé e crendo que Ele é o único e todo suficiente salvador. O filho de Deus. O Cristo que não está na sepultura, mas está vivo, junto ao Pai e por nós roga!

Ele vive, aleluia!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Há perdão, ainda

Sim, há perdão, ainda. Enquanto a porta da graça não houver fechada, há perdão. Perdão é refrigério. Perdão é alivio. Perdão é perdão. A Bíblia diz: “deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, que é grandioso em perdoar”. (Isa 55:7)

Com o pecado original, ali no Éden, o homem desviou-se de Deus. Transgrediu a lei divina. É mister agora o perdão... há perdão, ainda. Ainda é um advérbio de limitação de tempo: quer dizer que há, mas poderá não haver mais. Ainda, é já ou nunca, quem sabe, nunca mais. Quem estudou advocacia sabe que o perdão depende tanto de quem dá quanto de quem recebe. Requer solicitude. Precisa ser solicitado. O réu tem que solicitar (se o quiser) pedir o perdão.
O homem precisa voltar-se para Deus. E isso implica em pedir-lhe o perdão. O homem, sem Deus é um réu. Se aceita o perdão o Seu perdão, é salvo; se não, é condenado. Jesus é o perdão de Deus!

Como é lindo presenciar a saída de um réu que fora absolvido! Sai alegre, tendo por acompanhantes familiares e efusivos cumprimentos de todos. De cabeça erguida: é o prazer da liberdade.

Mas, como entristece ver um réu condenado. Sai cabisbaixo, triste para o local determinado. Vexado. Abatido. Consternado. Sem salvação!
A bíblia nos dá uma assertiva que pode nos ajudar: “Deus é grandioso em perdoar” (Isa 55:7). Então, voltemos o coração para Deus, pedindo-lhe o Seu perdão. Ele é grandioso em perdoar!

Jesus, certa feita, encontra-se diante de um paralitico, vendo-o, após todo aquele sacrifício, para a descida do mesmo até o mestre, ele diz: “perdoados estão os teus pecados” (Mc 2:5).
Em conseqüência do pecado o homem, não só adquire paralisia física, como também a espiritual, necessitando assim do perdão para a libertação completa, tanto da material como espiritual.
A paralisia espiritual é a pior doença que existe; pois impede o homem de chegar-se a Deus. Jesus Cristo cura ambas as paralisias.
“Estão perdoados os teus pecados; levanta-te e toma a tua cama e anda”. (Mc 2:9).
Deus, mediante o Senhor Jesus, quer perdoar o homem. O homem depende do perdão divino. Por que não pedir perdão a Deus?
Há perdão, ainda.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A fome da alma

No evangelho segundo Lucas encontramos uma das mais lindas parábolas de Jesus. Ele nos conta que certo homem tinha dois filhos; e que o mais novo resolveu deixar a casa paterna. Exigindo dele a parte na fazenda que lhe pertencia. O pai prontamente lho concede “e poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente”. (Lucas 15: 13). Que cenário triste, não acha meu prezado amigo? Pois, foi o que aconteceu, o jovem prodigalizou tudo e de forma muito errada.

Eu posso imaginar que, quando ele tinha dinheiro havia ainda muitos amigos e companheiros, mas quando esse se acabou, ficou só. Padecendo necessidades. Longe do pai ele padece necessidades. O que nunca havia feito começou a fazer: trabalhar. E um trabalho muito sórdido: apascentar porcos. “E desejava encher o seu estomago com as bolotas que os porcos comiam e ninguém lhe dava nada” (Lucas 15: 16). Longe do pai é forçado a comer com os porcos! Que tristeza! Assim ocorre com todo aquele que se afasta de seu Pai: vai comer com os porcos. Mas, há um momento de decisão para toda a criatura. O jovem cai em si: “Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!” (Lucas 15: 17).

Realmente na casa de meu Pai há a abundância de pão. O filho deve voltar a Deus – Pai. Voltando-se para o Pai, deve-se reconhecer pecador obstinado e que deve arrepender-se e deixar a pocilga. E mediante o arrependimento, o Pai dá o perdão. O texto diz que o pai moveu-se de intima compaixão, sim, quando o pecador voltar-se para Deus, Ele usa de misericórdia para com ele e o salva. Deus moveu-se de intima compaixão quando deu sei Filho, para na cruz sofrer em lugar de nos todos que O aceitamos.

O filho longe do lar sentia saudades do pai e principalmente da comida. Vida apartada de Deus é vida de fome terrível e de morte espiritual.

Voltemos para Deus e só assim então teremos saciado a nossa fome – a fome da alma.

A bíblia diz que há festa nos céus quando isso ocorre. Deus brinda seus filhos com festa quando esses se voltam para Ele. “Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha se perdido e foi achado” (Lucas 15: 24) e diz ainda: “e começaram a alegrar-se”. Resulta disso que o homem longe de Deus está morto; ainda que ande, fale, ouça ou se mova; está morto. E encerrando Jesus concluiu: “mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos porque este teu irmão estava morto e reviveu; e tinha se perdido e achou-se” (Lucas 15: 32).

Não queres saciar a sua fome?

quinta-feira, 11 de março de 2010

Não havia lugar...

Da parte de Cesar Augusto, saiu um decreto para que todo mundo se alistasse. E todos iam alistar-se cada um à sua própria cidade. “E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chama Belém” (Lucas 2:4). José viera com sua esposa para o mesmo fim: alistar-se. “E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar a luz” (Lucas 2:6). Maria, por obra e Graça do Espírito Santo havia de conceber o Filho de Deus – Emanuel. Acontece que não havia lugar. Sim não havia lugar na estalagem. Quem sabe, se houvesse hotel, também não havia lugar. Nas casas, não havia lugar. Não havia lugar no palácio para Jesus nascer. Na casa humilde, também não havia. Onde nasceria Jesus? Numa manjedoura. Haveria um lugar mais humilde? Um rei nascendo numa manjedoura! Rei não; Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Creio ser por isso que os judeus não creram nEle. Onde já se viu um Rei nascer onde nascem os animais!!! Uma criança pergunta a sua mamãe: “Jesus nasceu numa manjedoura porque não havia lugar na estalagem, não é? A mãe responde: ‘sim não havia lugar. Ao que a criança replica: ‘a professora da escola dominical disse de Jesus irá voltar outra vez, mamãe, não lhe deixe ficar de fora, eu dou a minha caminha para Ele.” Convém notar que ninguém cedeu um lugar para o Senhor Jesus Cristo. O único lugar era na estrebaria, numa manjedoura.

Meu prezado amigo e caro leitor; Jesus hoje deseja habitar, não em casa feita por mãos de homens, mas em seu coração e no meu coração. Não venhamos a deixar Jesus do lado de fora. Abramos a porta do nosso coração para nele entrar. “Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei e ele comigo” (Apocalipse 3:20). Jesus, agora, não precisa mais de uma estalagem, não precisa de um palácio: Jesus quer morar no coração do homem, por isso Ele desceu para morar no nosso coração.

Hoje há lugar: no coração.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Junto ao poço

Numa cidade de Samaria: Sicar. Tendo necessidade por ali passar, Jesus pára junto a uma herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. O trecho sagrado assim registra: “e estava ali uma fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho; assentou-se assim junto a fonte” (João 4:6). Então, vem a mulher para tirar água e Jesus pede a ela “dá-me de beber”. Ora, samaritano não se compunha com judeu. Era natural o judeu desprezar o samaritano, por motivo diversos, dentre eles o fato de (os samaritanos) resultarem da mistura de judeu com outras raças, outra linhagens. O que ocorre é que Jesus não sofria de xenofobia. Ele ama a todos.

Com o pedido de Jesus, ela logo se identifica: “como sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” (João 4:9). Jesus mostra-lhe que seu intuito é supremo.

Não só matar a sede do corpo, mas algo superior. Não adianta matar a sede do corpo e deixar a alma sedenta. A mulher, após breve diálogo com o Mestre, pede a Ele água, pensando não tornar ao poço, pensava ela tratar-se de algo material. Jesus foi além, muito além. “Vai, chama o teu marido e vem cá” (João 4:16). A mulher tivera cinco maridos e o que agora tinha não era. “Disseste bem: não tenho marido”. Agora, quem identifica-se é o Senhor Jesus, pois diante do ocorrido a mulher exclama: “Senhor, vejo que és profeta!!!” (João 4:19). Ela não o tem, agora, como simples judeu, pois reconhece-O Senhor. Neste insólito encontro, abrem-se dois mundos para o evangelho: o mundo dos judeus, pois reconheceu-o como Senhor e o mundo dos samaritanos – ambos carecem de Jesus. A mulher crê que Jesus é o messias que havia de vir ao mundo e traz ao pé dEle uma cidade inteira. Deixa o cântaro e começa a preocupar com as coisas espirituais.

Assim precisamos fazer: deixar um pouco das coisas seculares e buscar as coisas que são de cima – as espirituais.

Junto ao poço, que lugar mais lindo! Onde Jesus com seu amor alcança alguém aprisionada por densas trevas, mas que logo são dissipadas.

Jesus é a luz do mundo. Ela julgara impossível encetar diálogo com Jesus, por suas condições de trevas; mas ao deparar-se com a luz de Jesus logo trava o mais importante diálogo de sua vida. Veio luz ao seu entendimento: “mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”. (João 4: 14).

“Aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jesus Cristo).

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Maria chorou, devia rir

Foi o que fez Maria: chorou. Chorou porque viu o túmulo vazio. Pensava ela que O haviam roubado, e quem sabe até haviam violado o túmulo. Talvez um roubo do corpo de Jesus para desfazer a prova concreta de sua ressurreição. Ela pensou em tudo, menos na ressurreição. No domingo, movida pelo amor do mestre, ela vai ao túmulo, lá chegando o encontra vazio. Olha para o seu interior: dois mancebos vestidos de branco; volta-se para trás e vê o hortelão: “dize-me onde o puseste e O levarei” disse ela. O que o amor faz! Imaginava ela que poderia levar Jesus. Era de madrugada, quem sabe se a névoa juntamente com suas lágrimas, não a deixava perceber que quem com ela falava era o mestre. “Mulher, por que choras? Quem buscas?” (João 20:15). Com Jesus não há choro. Jesus é alegria. Bem fez J.S. Bach ao cantar “Jesus alegria dos homens”. A Bíblia diz que a destra de Deus há abundante alegria. Jesus é a direita de Deus!
Jesus não é motivo de choro – sim de riso. Ela queria prestar, talvez, a última homenagem à Cristo.
Levava consigo (como era de costume) especiarias. Quem sabe, ia ali só para prantear.
Na morte de Jesus não foi preciso nênia. Nênia é canção fúnebre. Nem epitáfio foi preciso. Para que epitáfio a um que venceu a morte! Ele triunfou sobre a morte. Aleluia! Maria, devia sim; alegrar-se: ressuscitou!!! Diz-nos o texto sagrado, que Maria alegrou-se por ver o mestre redivivo. Não era para menos. Só que devia alegrar-se logo que vira o túmulo vazio. Rir. Dizer como o apostolo Paulo, numa das exclamações mais lindas de uma eloqüência convincente: “onde está, oh morte, o teu aguilhão? Onde está, oh morte, a tua vitória?” (I Co 15:55). Com Jesus não há luto. Tire esse luto. Faça como os dois anjos, vestidos de branco. Jesus está vivo. Hosanas, Hosanas a Jesus!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

FICA SENHOR

Ao relento. Ocorrido há uns 12 km de Jerusalém. Emaús. Dois personagens caminhavam em regresso ao seu lar. Estão tristes. Um deles, Cleofas, outro talvez seu irmão. Os dois em caminho trocam palavras no que concerne aos acontecimentos de seu tempo. De repente um terceiro personagem: “que palavras são essas que caminhando, trocais entre vós, e porque estais tristes?” (Lucas 24:17). Obviamente estavam cegos, pois não reconheceram que era Jesus que com eles falava. “Eis tu só peregrino em Jerusalem, e não sabes as coisas que nele teem sucedido nestes dias?” (Lucas 24:18). Disse Cleofas. Esse terceiro personagem os indagava e com eles falava sobre as escrituras sagradas. Muitas vezes caminhamos com Jesus e não sabemos. Uma vez quando eu anunciava Cristo a uma pessoa, ela me perguntou: “onde está ele?”. E eu disse muito próximo. Tão próximo, que está dentro de mim. A pessoa parou, pasmou. Perplexo. É assim, quantos não sabem onde está Jesus! Que calamidade. Que pena. Não saber onde está Jesus é tristeza. É melancolia, é funesto. Lutuoso. Os dois discípulos não sabiam. Duvidaram do mestre. Não ressuscitou, pensavam eles: “Oh nécios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!” (Lucas 24:25). Eram discípulos e não criam piamente nas profecias. Hoje encontramos a mesma dificuldade: crer nas profecias. Mas logo chegam ao regaço: o terceiro caminhante faz como quem vai para mais longe. Logo O constrangeram a entrar à aldeia. Entrou. Se lhe fazemos um pedido, Ele nos atende. Ainda não conheciam que era Jesus. À mesa, tomando pão e abençoando-o deu-lho. Agora havia clareza. É Jesus! Eu presumo um êxtase de choro e de alegria ao mesmo tempo. O verso trinta e um do capítulo em pauta diz: “abriram-se-lhes os olhos e o conheceram e Ele desapareceu-lhes”. Jesus desapareceu deles deixando-os a firme convicção de Sua ressurreição. Sempre assim: estamos com Jesus e não o sabemos. O que se precisa então, é que tenhamos os olhos abertos. E não fechado. “Os olhos deles estavam como que fechados...” (Lucas 24:16). Com os olhos fechados podemos tropeçar e até cair. Com os olhos vendados jamais veremos as glorias celestiais.

Abramos os nossos olhos e vejamos a Jesus. E digamos, a exemplo deles, fica conosco Senhor.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

NÃO TEMAS

Parece que é próprio do ser humano o medo. Medo é, muitas vezes, sentimento de culpa. Medo é mórbido. Definha a pessoa. Atrofia. Há o medo que atua como instinto de conservação. Como um cinto de segurança. Mas, há o medo desnecessário. Enfermiço. Doente. É deste medo que queremos falar. No mar, os discípulos de Jesus navegavam, quando de súbito aparece um ser “misterioso” por sobre as ondas. Já o mar se havia levantado, precedido por um grande vendaval. O temor toma conta deles. É axiomático. Estavam sem Jesus. Sem Jesus o homem teme tudo o que ocorre. Outro caso semelhante é quando Jesus placidamente dormia na polpa de uma pequena embarcação. Agora tinham Jesus: só que dormindo. Mas, Jesus dorme? Não. Ainda que tenha os olhos fechados ele não dorme, nunca. O que Ele quis foi dar-nos uma lição. “Senhor, salva-nos, que perecemos” (Mateus 8:25). Agiram bem. Só Jesus Cristo salva. “porque temeis, homens de pequena fé” (Mateus 8:26). A fé domina o medo. Fé é segurança. Imaginem que eram homens afeitos ao mar. Eram pescadores profissionais. Conviviam com o mar e, no entanto, tiveram medo. Não temas parece que foi a expressão favorita de Jesus. Ele diz “não temas” no mar da Galileia; no monte da transfiguração di-lo novamente; e na ilha de Patmos di-lo novamente a João, quem sabe com o mesmo tom de voz, com a mesma brandura: “não temas eu sou o primeiro e o último...” (apocalipse 1:17). Essas palavras lembrariam à João que a gloriosa pessoa perante ele era a mesma pessoa que ele conhecera durante aqueles três anos de companheirismo.

Uma vez que temos Jesus, por que temer? Digamos como o salmista: “ainda que eu andasse no vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estas comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam”. (salmos 23:4).
“O amor lança fora o medo”. (I João 4:18)