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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

NÃO TEMAS

Parece que é próprio do ser humano o medo. Medo é, muitas vezes, sentimento de culpa. Medo é mórbido. Definha a pessoa. Atrofia. Há o medo que atua como instinto de conservação. Como um cinto de segurança. Mas, há o medo desnecessário. Enfermiço. Doente. É deste medo que queremos falar. No mar, os discípulos de Jesus navegavam, quando de súbito aparece um ser “misterioso” por sobre as ondas. Já o mar se havia levantado, precedido por um grande vendaval. O temor toma conta deles. É axiomático. Estavam sem Jesus. Sem Jesus o homem teme tudo o que ocorre. Outro caso semelhante é quando Jesus placidamente dormia na polpa de uma pequena embarcação. Agora tinham Jesus: só que dormindo. Mas, Jesus dorme? Não. Ainda que tenha os olhos fechados ele não dorme, nunca. O que Ele quis foi dar-nos uma lição. “Senhor, salva-nos, que perecemos” (Mateus 8:25). Agiram bem. Só Jesus Cristo salva. “porque temeis, homens de pequena fé” (Mateus 8:26). A fé domina o medo. Fé é segurança. Imaginem que eram homens afeitos ao mar. Eram pescadores profissionais. Conviviam com o mar e, no entanto, tiveram medo. Não temas parece que foi a expressão favorita de Jesus. Ele diz “não temas” no mar da Galileia; no monte da transfiguração di-lo novamente; e na ilha de Patmos di-lo novamente a João, quem sabe com o mesmo tom de voz, com a mesma brandura: “não temas eu sou o primeiro e o último...” (apocalipse 1:17). Essas palavras lembrariam à João que a gloriosa pessoa perante ele era a mesma pessoa que ele conhecera durante aqueles três anos de companheirismo.

Uma vez que temos Jesus, por que temer? Digamos como o salmista: “ainda que eu andasse no vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estas comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam”. (salmos 23:4).
“O amor lança fora o medo”. (I João 4:18)