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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Maria chorou, devia rir

Foi o que fez Maria: chorou. Chorou porque viu o túmulo vazio. Pensava ela que O haviam roubado, e quem sabe até haviam violado o túmulo. Talvez um roubo do corpo de Jesus para desfazer a prova concreta de sua ressurreição. Ela pensou em tudo, menos na ressurreição. No domingo, movida pelo amor do mestre, ela vai ao túmulo, lá chegando o encontra vazio. Olha para o seu interior: dois mancebos vestidos de branco; volta-se para trás e vê o hortelão: “dize-me onde o puseste e O levarei” disse ela. O que o amor faz! Imaginava ela que poderia levar Jesus. Era de madrugada, quem sabe se a névoa juntamente com suas lágrimas, não a deixava perceber que quem com ela falava era o mestre. “Mulher, por que choras? Quem buscas?” (João 20:15). Com Jesus não há choro. Jesus é alegria. Bem fez J.S. Bach ao cantar “Jesus alegria dos homens”. A Bíblia diz que a destra de Deus há abundante alegria. Jesus é a direita de Deus!
Jesus não é motivo de choro – sim de riso. Ela queria prestar, talvez, a última homenagem à Cristo.
Levava consigo (como era de costume) especiarias. Quem sabe, ia ali só para prantear.
Na morte de Jesus não foi preciso nênia. Nênia é canção fúnebre. Nem epitáfio foi preciso. Para que epitáfio a um que venceu a morte! Ele triunfou sobre a morte. Aleluia! Maria, devia sim; alegrar-se: ressuscitou!!! Diz-nos o texto sagrado, que Maria alegrou-se por ver o mestre redivivo. Não era para menos. Só que devia alegrar-se logo que vira o túmulo vazio. Rir. Dizer como o apostolo Paulo, numa das exclamações mais lindas de uma eloqüência convincente: “onde está, oh morte, o teu aguilhão? Onde está, oh morte, a tua vitória?” (I Co 15:55). Com Jesus não há luto. Tire esse luto. Faça como os dois anjos, vestidos de branco. Jesus está vivo. Hosanas, Hosanas a Jesus!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

FICA SENHOR

Ao relento. Ocorrido há uns 12 km de Jerusalém. Emaús. Dois personagens caminhavam em regresso ao seu lar. Estão tristes. Um deles, Cleofas, outro talvez seu irmão. Os dois em caminho trocam palavras no que concerne aos acontecimentos de seu tempo. De repente um terceiro personagem: “que palavras são essas que caminhando, trocais entre vós, e porque estais tristes?” (Lucas 24:17). Obviamente estavam cegos, pois não reconheceram que era Jesus que com eles falava. “Eis tu só peregrino em Jerusalem, e não sabes as coisas que nele teem sucedido nestes dias?” (Lucas 24:18). Disse Cleofas. Esse terceiro personagem os indagava e com eles falava sobre as escrituras sagradas. Muitas vezes caminhamos com Jesus e não sabemos. Uma vez quando eu anunciava Cristo a uma pessoa, ela me perguntou: “onde está ele?”. E eu disse muito próximo. Tão próximo, que está dentro de mim. A pessoa parou, pasmou. Perplexo. É assim, quantos não sabem onde está Jesus! Que calamidade. Que pena. Não saber onde está Jesus é tristeza. É melancolia, é funesto. Lutuoso. Os dois discípulos não sabiam. Duvidaram do mestre. Não ressuscitou, pensavam eles: “Oh nécios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!” (Lucas 24:25). Eram discípulos e não criam piamente nas profecias. Hoje encontramos a mesma dificuldade: crer nas profecias. Mas logo chegam ao regaço: o terceiro caminhante faz como quem vai para mais longe. Logo O constrangeram a entrar à aldeia. Entrou. Se lhe fazemos um pedido, Ele nos atende. Ainda não conheciam que era Jesus. À mesa, tomando pão e abençoando-o deu-lho. Agora havia clareza. É Jesus! Eu presumo um êxtase de choro e de alegria ao mesmo tempo. O verso trinta e um do capítulo em pauta diz: “abriram-se-lhes os olhos e o conheceram e Ele desapareceu-lhes”. Jesus desapareceu deles deixando-os a firme convicção de Sua ressurreição. Sempre assim: estamos com Jesus e não o sabemos. O que se precisa então, é que tenhamos os olhos abertos. E não fechado. “Os olhos deles estavam como que fechados...” (Lucas 24:16). Com os olhos fechados podemos tropeçar e até cair. Com os olhos vendados jamais veremos as glorias celestiais.

Abramos os nossos olhos e vejamos a Jesus. E digamos, a exemplo deles, fica conosco Senhor.