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segunda-feira, 29 de março de 2010

Como vencer a dúvida?

Dúvida quer dizer indecisão do entendimento ou da vontade. Incerteza. Hesitação.

Jesus havia estado com seus discípulos, agora, após a sua ressurreição. Tomé, um dos doze, não estava presente. O que dá a nós este ensino. Por não se achar presente, não viu; por isso, não creu. ‘se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos e não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei’ (João 20:25).

Há pessoas que só vendo para crer. É um direito; não podemos negar. Tomé foi uma delas. Precisou ver para crer. E viu. Hoje, quando anunciamos Jesus a alguém sempre, ou quase sempre, ouvimos dizer ‘preciso ver a Jesus para nele crer’. A indecisão do entendimento leva a isto, mas, agora Jesus deixa que creiamos primeiro, para que depois O vejamos.

Os demais discípulos estavam seguros da ressurreição de Jesus; Tomé, não. O que fez o Senhor Jesus para tirar-lhe a dúvida? – apareceu. Apareceu a eles novamente, só que dessa vez estava Tomé: para ele em especial. Convém notar que Jesus procura satisfazer a todos. Sem distinção. Que amor, que amor, o de Jesus. ‘põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente’ (João 20:27). Ele preparara esse encontro só por Tomé. E por isso dirigiu-se a ele com essas palavras, que Tomé jamais esqueceu. Tomé, logo reconheceu-se incrédulo – que virtude imitável! ‘Senhor meu e Deus meu!’ (João 20:28).

Agora ele podia crer realmente que Jesus fora morto, mas que agora vive! Aleluia por Jesus! Sempre que houver dúvida no ser humano, ele deve lutar por exterminá-la. Vença a dúvida. Para vencer-se a dúvida é mister ir à fonte certa: Jesus CRISTO.

Quando olhamos para o Calvário e vemos aquela cruz vazia, recebemos a fé de Abraão, e bradamos como Cristo vive e porque Ele vive, temos confiança de que com Ele reinaremos. Jesus é certeza. Única esperança. Jesus dá vida ao diálogo: ‘porque me viste, Tomé, creste; bem aventurados os que não viram e creram’ (João 20:29).

Há uma benção especial àquelas pessoas que tiveram o privilégio de não vendo, crer. Não como me disseram ‘preciso ver a Jesus para nele crer’, não; aceitando-O pela fé e crendo que Ele é o único e todo suficiente salvador. O filho de Deus. O Cristo que não está na sepultura, mas está vivo, junto ao Pai e por nós roga!

Ele vive, aleluia!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Há perdão, ainda

Sim, há perdão, ainda. Enquanto a porta da graça não houver fechada, há perdão. Perdão é refrigério. Perdão é alivio. Perdão é perdão. A Bíblia diz: “deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, que é grandioso em perdoar”. (Isa 55:7)

Com o pecado original, ali no Éden, o homem desviou-se de Deus. Transgrediu a lei divina. É mister agora o perdão... há perdão, ainda. Ainda é um advérbio de limitação de tempo: quer dizer que há, mas poderá não haver mais. Ainda, é já ou nunca, quem sabe, nunca mais. Quem estudou advocacia sabe que o perdão depende tanto de quem dá quanto de quem recebe. Requer solicitude. Precisa ser solicitado. O réu tem que solicitar (se o quiser) pedir o perdão.
O homem precisa voltar-se para Deus. E isso implica em pedir-lhe o perdão. O homem, sem Deus é um réu. Se aceita o perdão o Seu perdão, é salvo; se não, é condenado. Jesus é o perdão de Deus!

Como é lindo presenciar a saída de um réu que fora absolvido! Sai alegre, tendo por acompanhantes familiares e efusivos cumprimentos de todos. De cabeça erguida: é o prazer da liberdade.

Mas, como entristece ver um réu condenado. Sai cabisbaixo, triste para o local determinado. Vexado. Abatido. Consternado. Sem salvação!
A bíblia nos dá uma assertiva que pode nos ajudar: “Deus é grandioso em perdoar” (Isa 55:7). Então, voltemos o coração para Deus, pedindo-lhe o Seu perdão. Ele é grandioso em perdoar!

Jesus, certa feita, encontra-se diante de um paralitico, vendo-o, após todo aquele sacrifício, para a descida do mesmo até o mestre, ele diz: “perdoados estão os teus pecados” (Mc 2:5).
Em conseqüência do pecado o homem, não só adquire paralisia física, como também a espiritual, necessitando assim do perdão para a libertação completa, tanto da material como espiritual.
A paralisia espiritual é a pior doença que existe; pois impede o homem de chegar-se a Deus. Jesus Cristo cura ambas as paralisias.
“Estão perdoados os teus pecados; levanta-te e toma a tua cama e anda”. (Mc 2:9).
Deus, mediante o Senhor Jesus, quer perdoar o homem. O homem depende do perdão divino. Por que não pedir perdão a Deus?
Há perdão, ainda.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A fome da alma

No evangelho segundo Lucas encontramos uma das mais lindas parábolas de Jesus. Ele nos conta que certo homem tinha dois filhos; e que o mais novo resolveu deixar a casa paterna. Exigindo dele a parte na fazenda que lhe pertencia. O pai prontamente lho concede “e poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente”. (Lucas 15: 13). Que cenário triste, não acha meu prezado amigo? Pois, foi o que aconteceu, o jovem prodigalizou tudo e de forma muito errada.

Eu posso imaginar que, quando ele tinha dinheiro havia ainda muitos amigos e companheiros, mas quando esse se acabou, ficou só. Padecendo necessidades. Longe do pai ele padece necessidades. O que nunca havia feito começou a fazer: trabalhar. E um trabalho muito sórdido: apascentar porcos. “E desejava encher o seu estomago com as bolotas que os porcos comiam e ninguém lhe dava nada” (Lucas 15: 16). Longe do pai é forçado a comer com os porcos! Que tristeza! Assim ocorre com todo aquele que se afasta de seu Pai: vai comer com os porcos. Mas, há um momento de decisão para toda a criatura. O jovem cai em si: “Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!” (Lucas 15: 17).

Realmente na casa de meu Pai há a abundância de pão. O filho deve voltar a Deus – Pai. Voltando-se para o Pai, deve-se reconhecer pecador obstinado e que deve arrepender-se e deixar a pocilga. E mediante o arrependimento, o Pai dá o perdão. O texto diz que o pai moveu-se de intima compaixão, sim, quando o pecador voltar-se para Deus, Ele usa de misericórdia para com ele e o salva. Deus moveu-se de intima compaixão quando deu sei Filho, para na cruz sofrer em lugar de nos todos que O aceitamos.

O filho longe do lar sentia saudades do pai e principalmente da comida. Vida apartada de Deus é vida de fome terrível e de morte espiritual.

Voltemos para Deus e só assim então teremos saciado a nossa fome – a fome da alma.

A bíblia diz que há festa nos céus quando isso ocorre. Deus brinda seus filhos com festa quando esses se voltam para Ele. “Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha se perdido e foi achado” (Lucas 15: 24) e diz ainda: “e começaram a alegrar-se”. Resulta disso que o homem longe de Deus está morto; ainda que ande, fale, ouça ou se mova; está morto. E encerrando Jesus concluiu: “mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos porque este teu irmão estava morto e reviveu; e tinha se perdido e achou-se” (Lucas 15: 32).

Não queres saciar a sua fome?

quinta-feira, 11 de março de 2010

Não havia lugar...

Da parte de Cesar Augusto, saiu um decreto para que todo mundo se alistasse. E todos iam alistar-se cada um à sua própria cidade. “E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chama Belém” (Lucas 2:4). José viera com sua esposa para o mesmo fim: alistar-se. “E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar a luz” (Lucas 2:6). Maria, por obra e Graça do Espírito Santo havia de conceber o Filho de Deus – Emanuel. Acontece que não havia lugar. Sim não havia lugar na estalagem. Quem sabe, se houvesse hotel, também não havia lugar. Nas casas, não havia lugar. Não havia lugar no palácio para Jesus nascer. Na casa humilde, também não havia. Onde nasceria Jesus? Numa manjedoura. Haveria um lugar mais humilde? Um rei nascendo numa manjedoura! Rei não; Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Creio ser por isso que os judeus não creram nEle. Onde já se viu um Rei nascer onde nascem os animais!!! Uma criança pergunta a sua mamãe: “Jesus nasceu numa manjedoura porque não havia lugar na estalagem, não é? A mãe responde: ‘sim não havia lugar. Ao que a criança replica: ‘a professora da escola dominical disse de Jesus irá voltar outra vez, mamãe, não lhe deixe ficar de fora, eu dou a minha caminha para Ele.” Convém notar que ninguém cedeu um lugar para o Senhor Jesus Cristo. O único lugar era na estrebaria, numa manjedoura.

Meu prezado amigo e caro leitor; Jesus hoje deseja habitar, não em casa feita por mãos de homens, mas em seu coração e no meu coração. Não venhamos a deixar Jesus do lado de fora. Abramos a porta do nosso coração para nele entrar. “Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei e ele comigo” (Apocalipse 3:20). Jesus, agora, não precisa mais de uma estalagem, não precisa de um palácio: Jesus quer morar no coração do homem, por isso Ele desceu para morar no nosso coração.

Hoje há lugar: no coração.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Junto ao poço

Numa cidade de Samaria: Sicar. Tendo necessidade por ali passar, Jesus pára junto a uma herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. O trecho sagrado assim registra: “e estava ali uma fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho; assentou-se assim junto a fonte” (João 4:6). Então, vem a mulher para tirar água e Jesus pede a ela “dá-me de beber”. Ora, samaritano não se compunha com judeu. Era natural o judeu desprezar o samaritano, por motivo diversos, dentre eles o fato de (os samaritanos) resultarem da mistura de judeu com outras raças, outra linhagens. O que ocorre é que Jesus não sofria de xenofobia. Ele ama a todos.

Com o pedido de Jesus, ela logo se identifica: “como sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” (João 4:9). Jesus mostra-lhe que seu intuito é supremo.

Não só matar a sede do corpo, mas algo superior. Não adianta matar a sede do corpo e deixar a alma sedenta. A mulher, após breve diálogo com o Mestre, pede a Ele água, pensando não tornar ao poço, pensava ela tratar-se de algo material. Jesus foi além, muito além. “Vai, chama o teu marido e vem cá” (João 4:16). A mulher tivera cinco maridos e o que agora tinha não era. “Disseste bem: não tenho marido”. Agora, quem identifica-se é o Senhor Jesus, pois diante do ocorrido a mulher exclama: “Senhor, vejo que és profeta!!!” (João 4:19). Ela não o tem, agora, como simples judeu, pois reconhece-O Senhor. Neste insólito encontro, abrem-se dois mundos para o evangelho: o mundo dos judeus, pois reconheceu-o como Senhor e o mundo dos samaritanos – ambos carecem de Jesus. A mulher crê que Jesus é o messias que havia de vir ao mundo e traz ao pé dEle uma cidade inteira. Deixa o cântaro e começa a preocupar com as coisas espirituais.

Assim precisamos fazer: deixar um pouco das coisas seculares e buscar as coisas que são de cima – as espirituais.

Junto ao poço, que lugar mais lindo! Onde Jesus com seu amor alcança alguém aprisionada por densas trevas, mas que logo são dissipadas.

Jesus é a luz do mundo. Ela julgara impossível encetar diálogo com Jesus, por suas condições de trevas; mas ao deparar-se com a luz de Jesus logo trava o mais importante diálogo de sua vida. Veio luz ao seu entendimento: “mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”. (João 4: 14).

“Aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jesus Cristo).