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domingo, 28 de abril de 2013

Júpiter e Mercúrio


Estranho encontro, aquele dos apóstolos ali em Icônio. Fizeram como de costume, entraram na sinagoga e começaram a pregar. E a Bíblia nos fala que eles ‘falaram de tal modo’ que creu uma grande multidão, não só de judeus, mas de gregos (ato 14:1). Os judeus que nunca conseguiram tanto, logo ficaram furiosos. A cidade se dividiu em dois grupos: os prós e os contra. E com a confusão foi preciso que eles fugissem para outro lugar. Teria sido covardia? Não. Instinto. Instinto de conservação. Todo ser humano gosta de preservar a vida! Afinal estavam começando a carreira e tinham muito a fazer. Chegaram a Listra e Derbe, cidades da Licaônia. Ali novamente pregaram o evangelho. Logo se deram pelo conhecimento de um varão coxo desde o ventre de sua mãe, o qual nunca tinha andado. Paulo, um homem como poucos, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado, disse em voz alta: ‘levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou’ (atos 14:9,10). Com o milagre a multidão levantou sua voz dizendo com língua licaônica: fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós. Havia como lenda entre os licaônicos que seu rei sendo visitado por Júpiter e querendo provar a sua divindade fê-lo comer a carne de uma criança que ele havia sacrificado. Júpiter deu-se pelo fato de que a carne era de gente e então indignado com o caso transformou o rei em um lobo metamorfoseou o rei em um lobo. Essa lenda era muito conhecida deles. Havia também a crença de que os deuses visitavam os homens, então Júpiter teria visitado o rei. Bem, agora o caso é curioso: a multidão alegrara-se com o milagre operado e logo quis sacrificar aos dois como sendo a Paulo; Mecúrio e a Barnabé; Júpiter. Pelo simples; sabia-se que Júpiter falava pouco e quando visitava a terra, trazia consigo um orador. Segundo a lenda Júpiter pouco falava e não ouvia. Sabia-se isto tanto na mitologia grega quanto na romana. Então, Paulo, era para eles Mercúrio: o que falava muito. Paulo, senão falava bem, eloqüente, era um loquaz. E Barnabé era um homem de porte nobre. Falando pouco, mas dando uma impressão circunspecta.

Devemos saber que a língua licaônica era um grego de difícil entendimento. Cheio de modalidades e por isso demorou para os servos do Senhor perceber que eles o cultuariam.
À porta da cidade, do lado de fora, havia um tempo dedicado a Júpiter. Mas, porque à porta da cidade e do lado de fora da cidade? Para proteger a cidade.
Os sacerdotes logo foram buscar no templo touros e grinaldas para o sacrifício. Os apóstolos não aceitaram. E se não repeliram com azedume, pelo menos com muita objetividade: ‘varões, por que fazeis essas coisas?’, disse isso saltando para o meio da multidão, tendo rasgado os seus vestidos (atos 14:15). Começou dizendo que aquilo era vaidade. E eles eram homens iguais a qualquer um deles. E que eles deveriam converter-se aos Deus vivo; pois aquilo era para um deus morto. A repulsa foi grande: Deus dá liberdade aos homens. O texto nos diz que com dificuldade conseguiram impedir o que queriam. E quando conseguiram a multidão resolveu apedrejá-los. Vejam que a multidão queria fazê-los deuses e depois os apedrejam. É a psicologia das multidões. Há quem confie na opinião pública. A opinião pública é o que há de mais volúvel. A mesma multidão que clamava ‘Hosana nas alturas’ ao Rei Jesus pouco depois grita, vocifera: ‘crucifica-o, crucifica-o’.
Bem, eles foram coagidos por uns que vieram de Antioquia e Icônio, onde estiveram os apóstolos e de lá foram expulsos. E, ao final de tudo, arrastaram a Paulo para fora da cidade, cuidando que ele estava morto. Assim era a pregação do evangelho: difícil. Muito difícil, arriscando a própria vida, muitas vezes. Mas, assim mesmo era pregado o evangelho. Graças a Deus por Paulo. Homem de fé. Homem de coragem.

Que possamos pregar o evangelho mesmo sem essas limitações.

domingo, 21 de abril de 2013

Viva vencendo!


E não é isso mesmo que você desejaria? Viver vencendo?

Vencer o medo, a preocupação, a angústia, o egoísmo, o remorso, o fracasso e sair disso tudo vitorioso, confiante, sereno, altruísta, eficiente e triunfante?

Então se convença de uma grande verdade – esse desejo não é fantasia sua, completamente sem fundamento. Ao contrário. Você foi criado para vencer na vida, e não para ser derrotado. Isto não é mais uma canção de ninar, para embalá-lo durante as suas noites de insônia.

Todas essas misérias que estão dando cabo de sua vida, ou pelo menos da sua alegria de viver, são inteiramente contrárias à sua natureza.

Você não nasceu com nada disso. Essas coisas foram ferindo o seu espírito gradativamente, e com tal persistência, que você nem consegue se quer mais perceber que eles são elementos estranhos à sua estrutura.

Mas não se aflija, porque debaixo de todas essas camadas feridas no decorrer dos anos, existe um fundamento sólido, muito mais resistente do que a crosta machucada, que tanto o incomoda.

Na profundeza do seu ser, encontra-se a sua capacidade de recuperação. Essa base é indestrutível, e, enquanto você estiver vivo, poderá ser ativada o posta em ação para reconstruí-lo, transformando-o naquilo que você nasceu para ser.

Se todos os que vivem dominados pelas fraquezas tivessem sidos criados para viver assim, deveriam estar perfeitamente satisfeitos com o seus fracassos, ou pelos menos acomodados a eles. Mas o espírito reage a esses elementos destruidores, causando-nos inquietação, assim como o físico reage a micróbios, causando a febre, numa tentativa de expulsar do organismo aquilo que nele se aloja para destruí-lo.

Supondo-se que tudo isso lhe pareça lógico, surge agora uma pergunta:

Mas como? Como se vence? Onde se encontra, dentro de nós aquilo que foi soterrado por uma vida inteira de fracasso?

A essa indagação inicial, que se desdobra em dezenas de perguntas, tentaremos dar uma resposta. Mas será apenas uma tentativa. O sucesso consiste em você desejar mesmo vencer tudo aquilo que o atormenta, libertando o seu verdadeiro eu para uma vida vitoriosa. Então você terá ao seu lado para orientá-lo, encaminhá-lo, censurá-lo quando necessário e encorajá-lo em todas as circunstâncias, não um livro ou uma palavra amiga, mas a companhia poderosa e invencível do nosso Deus.

Esta mensagem lhe é transmitido com uma prece sincera, para que Ele o faça encontrar na vida o caminho da vitória.

Jesus é o caminho e a verdade e a vida (João 14:6).

Em Jesus nós somos mais que vencedores (Romanos 8:37).

“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Romanos 11:33).

domingo, 14 de abril de 2013

A vinha de Nabote



A trama orquestrada pela rainha Jesabel e o rei Acabe contra Nabote demonstra quão danoso é o render-se aos desejos da cobiça e de uma satisfação pessoal.

Sabendo que nenhum ser humano conseguirá satisfazer-se plenamente se o centro da sua satisfação não estiver em Deus. “Não erreis: de Deus não se zomba; porque tudo aquilo que o homem semear, isso também ceifará”. (Gálatas 6:7)

Acabe desejou, cobiçou o que não era seu, esquecendo-se de que somos meros mordomos: tudo é de Deus. Ele nos concede o privilégio de desfrutarmos de alguma coisa; mas tudo é do Senhor. Detesto os pronomes possessivos: meu, minha... são arrogantes e até petulantes, pois o Senhor nos dá a concessão para desfrutar de algo. Tudo é do Senhor. “Do Senhor é a Terra e tudo o que nela há”, diz a Escritura. Qual era o objeto da cobiça de Acabe? Uma vinha; algo digno que ele (Nabote) havia herdado de seus pais. Ele conhecia a lei do Senhor que versava, o não poder se desfazer dela. (I Reis 21:3) e (Levítico 25:23).

Com esta lei o Senhor queria proteger o seu povo da cobiça, então, Nabote estava certo em não querer se desfazer de sua vinha.

O Acabe queria fazer da vinha uma plantação hortaliça. Ele tinha, além do palácio real, uma bela propriedade de campo. Não precisava cobiçar o que não era dele.

A palavra de Deus diz: “Não cobiçarás” (Êxodo 20:17). Ele desprezou a palavra do Senhor; e quem despreza a Palavra perecerá.

Acabe chega em casa todo choroso, desgostoso da vida e sua mulher, a famigerada Jesabel logo assume as dores e engendra um plano, diz ao marido: eu darei uma solução a esse caso. A trama deveria ser perfeita para não gerar desconfiança. A Bíblia nos conta que ela escreveu nas cartas dizendo: apregoai um jejum e ponde Nabote acima do povo, e ponde defronte dele dois homens de Belial que testemunhem contra ele... (I Reis 21:9, 10, 11). O fim é que Nabote à mando de Jesabel foi morto ele e toda sua família! Uma mulher pagã manda matar um inocente só por causa da cobiça de seu fraco marido.

Um homem morre por que o outro tem o olho grande.

Mas, o resultado de tal ato não fica impune. Deus manda o profeta Elias dar um ultimato a Acabe.

“Assim diz o Senhor: porventura, não mataste e tomaste a herança?” (I Reis 21:19, 20)

O julgamento veio; com Deus não se brinca, aquilo que o homem semear isso também ceifará... 

domingo, 7 de abril de 2013

Só uma noite



A vida toda de uma pessoa neste mundo equivale a uma noite. Sim, só uma noite eu moro aqui. Não sou deste mundo. Minha pátria é o céu. Aqui sou forasteiro e peregrino; só uma noite moro aqui. A noite é triste. Na noite há angústia. Na noite há choro.

Quando as trevas reinam, o pecado sai de seus esconderijos. Que fazer para se evadir de tudo isso? Os eleitos vivem aqui com os olhos postos lá. Minha pátria é o céu, o céu de glória, onde não há dor nem lágrima; só gozo no Espírito Santo. A companhia eterna de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Ao lado dos anjos, arcanjos, querubins e serafins!

Guarda, a que hora estamos da noite? (Isaías 21:11). Sim, a que hora estamos?

Pois, esperamos o sol da justiça e parece que Ele não vem... atravessamos momentos de dificuldade espiritual, momento de noite interminável. Que horas estará marcando o relógio de Deus!?! Quando a igreja será arrebatada deste mundo? A noiva do cordeiro. A virgem de Israel. Os eleitos do Senhor.

As trevas grassam a humanidade, que fazer? Precisamos de um fanal que nos oriente com precisão.

Jesus, o eterno fanal. Ele nos orienta, quando a Ele nos dirigimos.

Guarda, quando vem o amanhã onde o vislumbre eterno nos trará esperança?

A que hora estamos, pois os dias são maus. “Se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria, mas por causa dos eleitos aqueles dias foram abreviados.” (Matheus 24:22). Quando virá o aparecimento de sua glória? Na cidade santa não haverá nem Sol, nem Lua, pois a glória de Deus a iluminará. Cessou o pranto, cessaram as dores e as desavenças dos lares. Só paz, só alegria no Espírito Santo. Isto é céu, isto é glória!

Só uma noite moro aqui; estarei mui breve morando no lar celestial onde Jesus disse: “Na casa de meu Pai há muitas moradas...”. Casa de meu Pai, não é casa simplesmente, mas casa de meu Pai: isso fala de lar, lar celestial.

A noite poderá ser longa, mas a alegria vem ao amanhecer. (Salmos 30:5). O amanhecer virá quando ninguém o está esperando. Jesus disse que seria para aqueles que amarem a sua vinda.

Jesus voltará, ora vem Senhor Jesus!

Agora quero impetrar a benção apostólica sobre nossos leitores:
         
Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus o nosso pai e as consolações do paráclito divino convosco esteja desde agora e para sempre AMÉM.