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domingo, 26 de julho de 2015

Quem está perdido?

Só é perdido quem está perdido? É o que veremos no exercício das três parábolas que nosso Senhor Jesus Cristo nos propôs. 

Primeiro, a parábola da ovelha. O Senhor pergunta: “que homem dentre vos tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?”(Lucas 15:4). O pastor deixa noventa e nove para ir em busca de uma! A ovelha é diferente de outros animais; não sabe voltar ao aprisco. Falta-lhe o que há de sobra no gato, no cão... etc. exemplo: se soltarmos um gato longe de sua residência: assim mesmo ele saberá voltar; pois é dotado de um instinto perceptível. Ele consegue localizar-se. Num depoimento de um pastor de ovelha soubemos que ela ao desgarrar-se toma sentido oposto ao do aprisco; ou seja, desejando voltar, vai para mais longe e perde-se. Daí a necessidade de um pastor ir em busca. Nosso Pastor está no encalço da ovelha: deu sua vida por ela. “Eu sou o Bom Pastor; o Bom pastor dá a Sua vida pelas ovelhas” (João 10:11).

Segundo, a parábola da dracma perdida “ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligencia até a achar?” (Lucas 15:8). Aqui o pecador é comparado a uma dracma. Dracma é uma moeda em que mesmo ao tempo em que foi proposta a parábola não tinha valor. Era uma moeda fora de circulação. A mulher tinha dez dracmas, quem sabe fosse uma coleção. Há, ainda hoje, colecionadores de dinheiro antigo, fora de circulação. Perdendo-se uma a coleção ficaria incompleta. O que ela faz? – acende a candeia e varre a casa. O que quer dizer que dentro de uma casa, comunidade, igreja ... alguém pode estar perdido. É mister que se providencie a procura. Acender a candeia para ter conhecimento claro da perda e melhor visão dela. Varrer a casa para revolver toda a sujeira, tudo que vem a impedir a localização da dracma, então perdida.

Terceiro, a parábola do filho prodigo. Pródigo sim, mas filho. “um certo homem tinha dois filhos; e o mais moço deles disse ao pai: Pai dá-me a parte da Fazenda que me pertence” (Lucas 15:11,12). Decide esbanjar o que ele crera ser seu. Não era dele, pois sabemos que a herança só se passa para os filhos quando o pai falece. Também não trabalhara para conseguir a fortuna. Mas, mesmo assim disse: “dá-me a parte da Fazenda que me pertence” e o pai lho concedeu. Logo vai para uma terra longínqua e ali desperdiça tudo. Na pior maneira. Quando se vê sem nada, dá-se pelo fato de que precisa trabalhar; pois, senão como iria viver? O pior emprego é o que ele consegue: cuidar de porcos. No chiqueiro ele disputa com eles a comida. Aqui o exemplo não é menos comum: o pródigo representa o pecador que, desviando-se da presença divina, cai na compulsória e começa uma vida sinistra. Quem sabe um delinquente. Um libertino. Um degenerado. Na pocilga. No lodaçal. Na lama. Não como ovelha; a ovelha não gosta de lama. No caso da ovelha, o pastor a busca. Nesse caso não. Ele espera como o Pai na parábola. Espera ansioso a volta do filho. Requer-se arrependido. Pois só o arrependimento o trará de volta. E quando volta há festa. Festa por um pecador que se arrepende. Nosso Senhor disse que há festa no céu.

Queres arrepender-se?

Obs. Arrepender-se é ‘metánoia’, isto é, meia volta. Alguém que está indo numa direção converge cento e oitenta graus.

domingo, 19 de julho de 2015

Em pé

Põe-te em pé e falarei contigo”. Foi o que Deus disse a um de seus profetas. Deus não fala com caídos! Deus não fala com prostrados... É preciso se por em pé. O filho pródigo disse: "Levantar-me-ei e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti, não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros...” Ele disse: levantar-me-ei, ou seja, me colocarei de pé; ele estava caído. O homem afastado de Deus está caído e é mister levantar-se. Deus está na congregação dos poderosos, diz o texto sagrado. (Salmos 82.1). Deus não está na congregação dos fracassados, dos derrotados, dos caídos, põe-te em pé e falarei contigo. É preciso, por parte do homem uma iniciativa, é preciso o homem dar o primeiro passo na direção de Deus. “Chegai-vos a Deus, e Ele se chagará a vos!” É o conselho de Tiago (4:8). O homem precisa dar o primeiro passo, requer-se autoconhecimento, tem que reconhecer-se pecador, e que precisa da ajuda de Deus. O pecado é única coisa que separa o homem de Deus (Is. 59.2). E, estar separado de Deus é morte, é estar caído; caído não, prostrado, nocauteado, precisando de ajuda.

Põe-te em pé que falarei contigo: Deus quer falar ao homem, com o intuito de abençoá-lo. O homem é o grande necessitado, mas mesmo assim Deus o espera... A parábola diz: todos os dias o pai ficava a olhar pelo caminho se o filho voltaria. Um dia, que lindo dia, o pai está a olhar estrada à fora, de repente, quem ele vê? É o meu filho, todo desfigurado, todo feio, maltrapilho, fedendo; o pecado fede!!! Mesmo assim o pai corre e o abraça (não é porque o filho caiu na lama e se sujou que deixou de ser filho, continua filho é só lavar, pela lavagem da regeneração e ele estará limpo novamente!!!) Veja, partiu do filho a iniciativa, “Levantar-me-ei e irei ter com meu Pai...” Oh! É imprescindível por parte do homem caído levantar-se! Deixe o resto com Jesus, Ele fará o necessário para a limpeza total.


Um pensamento para a nova semana: que o Senhor te abençoe e te guarde; que o Senhor sobre ti levante o Seu rosto e tenha misericórdia de ti; e te dê a paz.

domingo, 12 de julho de 2015

A fome da alma

No evangelho segundo Lucas encontramos uma das mais lindas parábolas de Jesus. Ele nos conta que certo homem tinha dois filhos; e que o mais novo resolveu deixar a casa paterna. Exigindo dele a parte na fazenda que lhe pertencia. O pai prontamente lho concede “e poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente”. (Lucas 15: 13). Que cenário triste, não acha meu prezado amigo? Pois, foi o que aconteceu, o jovem prodigalizou tudo e de forma muito errada.

Eu posso imaginar que, quando ele tinha dinheiro havia ainda muitos amigos e companheiros, mas quando esse se acabou, ficou só. Padecendo necessidades. Longe do pai ele padece necessidades. O que nunca havia feito começou a fazer: trabalhar. E um trabalho muito sórdido: apascentar porcos. “E desejava encher o seu estomago com as bolotas que os porcos comiam e ninguém lhe dava nada” (Lucas 15: 16). Longe do pai é forçado a comer com os porcos! Que tristeza! Assim ocorre com todo aquele que se afasta de seu Pai: vai comer com os porcos. Mas, há um momento de decisão para toda a criatura. O jovem cai em si: “Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!” (Lucas 15: 17).

Realmente na casa de meu Pai há a abundância de pão. O filho deve voltar a Deus – Pai. Voltando-se para o Pai, deve-se reconhecer pecador obstinado e que deve arrepender-se e deixar a pocilga. E mediante o arrependimento, o Pai dá o perdão. O texto diz que o pai moveu-se de intima compaixão, sim, quando o pecador voltar-se para Deus, Ele usa de misericórdia para com ele e o salva. Deus moveu-se de intima compaixão quando deu seu Filho, para na cruz sofrer em lugar de nos todos que O aceitamos.

O filho longe do lar sentia saudades do pai e principalmente da comida. Vida apartada de Deus é vida de fome terrível e de morte espiritual.

Voltemos para Deus e só assim então teremos saciado a nossa fome – a fome da alma.

A bíblia diz que há festa nos céus quando isso ocorre. Deus brinda seus filhos com festa quando esses se voltam para Ele. “Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha se perdido e foi achado” (Lucas 15: 24) e diz ainda: “e começaram a alegrar-se”. Resulta disso que o homem longe de Deus está morto; ainda que ande, fale, ouça ou se mova; está morto. E encerrando Jesus concluiu: “mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos porque este teu irmão estava morto e reviveu; e tinha se perdido e achou-se” (Lucas 15: 32).
Não queres saciar a sua fome?

domingo, 5 de julho de 2015

Jovens na janela

Há, hoje muitos jovens na janela. Janela é um lugar onde se deve tomar uma decisão; não se pode ficar neutro: não há neutralidade no mundo espiritual. Ou é; ou não é! Se posso fazer o bem e não faço; estou fazendo o mal. Da janela posso ver o bem e o mal; – eu decido se opto pelo bem ou se opto pelo mal.

Êutico, ouvia o sermão que o apóstolo Paulo pregava. A prédica se estendeu noite adentro até a meia noite. O jovem estava na janela e no terceiro andar; lugar de perigo iminente. Cansado que estava pela extensão da mensagem pregada a todo poder, pelo maior pregador de que temos conhecimento: Paulo o grande apóstolo. Agora, o texto: “no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e alargou a prática até a meia noite.” (Atos 20:7)

O jovem caiu, e todos o tinham como morto. Isto pode acontecer, pois quando não tomamos a decisão na hora certa, o que pode acontecer é exatamente isso: cairmos pela indecisão!!!

É mister que sejamos rápidos em decidir quando o espírito do Senhor nos revela a sua vontade.

Não fiquemos na janela a exemplo desse jovem, Êutico, que depois de ser tido como morto, o homem de Deus sobre ele se inclinou e abraçando-o o entregou vivo para os seus; diz o versículo doze do capítulo em pauta.

Ficaram não pouco consolados, isso porque uma porta se lhes abriu, a porta do evangelho de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo, que a todos quer salvar e perdoar os seus pecados. Não queres decidir-se ao lado de Jesus? Ou ficarás na janela da indecisão e sofrer o dano maior da segunda morte que é a morte eterna? Morte eterna é separação eterna de Deus.

Saia da janela e venha para o salvador Jesus e verdadeiramente serás alimentado, pois o verdadeiro alimento é o alimento espiritual oferecido por Jesus. “Eu sou o pão da vida.” (João 6:48) vinde a mim cansados e oprimidos que eu vos aliviareis (Mateus 11:28) eu sou o caminho, eu sou a verdade, eu sou a vida: disse Jesus (João 14:6).

Janela, nunca mais.