Páginas

domingo, 30 de outubro de 2016

O Eleito

Sim, o eleito do Senhor Deus; único preparado para receber os pecados da humanidade. ‘Quem irá por nós, quem se apresentará ao mundo e salvar o homem?’ Foi a pergunta que ecoou no céu. Ele, o eleito de Deus, o Altíssimo, se apresenta: “Eis me aqui, envia-me a mim”. Quando entra no mundo diz: corpo me preparaste – sim, o corpo onde receberia todas as mazelas do homem caído. No corpo do Senhor Jesus foram colocadas todas nossas enfermidades e moléstias – todas.
Isaias profetiza de modo cabal: Ele levou em seu corpo os nossos pecados e por suas pisaduras fomos sarados. Isto é uma verdade, não é uma mera retórica para religiosos. Ele levou em seu corpo, sobre o madeiro os nossos pecados e pelas suas feridas fomos sarados, diz Pedro em sua Primeira Carta, capitulo 2, versículo 24.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, sem Pastor, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos, o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele.
Ele, o eleito de Deus para sofrer em nosso lugar, aquilo que deveríamos sofrer.
Ele, Jesus, o eleito de Deus para nos trazer de volta a comunhão santa com o Senhor.
Sem essa comunhão estamos desguarnecidos, desprotegidos e a mercê de tudo o que acontece neste mundo vil.
Eu diria neste mundo imundo que não procura a comunhão com o Senhor.
Essa comunhão o homem tinha ali no Éden, antes do pecado; perdeu, mas precisa dela novamente.
O homem não vive sem a comunhão com Deus. Essa comunhão é como se fosse um vazio, dentro do homem, vazio que é do tamanho de Deus que só pode ser preenchido com a presença de Deus.
É como um jogo de quebra-cabeça: a peça certa é aquela, não adianta tentar por outra no lugar, pois certamente não dará.
Não adianta querer preencher este vazio com fama, glória, riqueza, orgias e tantas outras coisas; só se preenche este vazio da alma com a presença do Senhor Deus.
E essa presença é o Senhor Jesus Cristo, o eleito de Deus para resolver todos os problemas do homem caído – só Jesus.

domingo, 23 de outubro de 2016

A vinha de Nabote


A trama orquestrada pela rainha Jesabel e o rei Acabe contra Nabote demonstra quão danoso é o render-se aos desejos da cobiça e de uma satisfação pessoal.

Sabendo que nenhum ser humano conseguirá satisfazer-se plenamente se o centro da sua satisfação não estiver em Deus. “Não erreis: de Deus não se zomba; porque tudo aquilo que o homem semear, isso também ceifará”. (Gálatas 6:7)

Acabe desejou, cobiçou o que não era seu, esquecendo-se de que somos meros mordomos: tudo é de Deus. Ele nos concede o privilégio de desfrutarmos de alguma coisa; mas tudo é do Senhor. Detesto os pronomes possessivos: meu, minha... são arrogantes e até petulantes, pois o Senhor nos dá a concessão para desfrutar de algo. Tudo é do Senhor. “Do Senhor é a Terra e tudo o que nela há”, diz a Escritura. Qual era o objeto da cobiça de Acabe? Uma vinha; algo digno que ele (Nabote) havia herdado de seus pais. Ele conhecia a lei do Senhor que versava, o não poder se desfazer dela. (I Reis 21:3) e (Levítico 25:23).

Com esta lei o Senhor queria proteger o seu povo da cobiça, então, Nabote estava certo em não querer se desfazer de sua vinha.

O Acabe queria fazer da vinha uma plantação hortaliça. Ele tinha, além do palácio real, uma bela propriedade de campo. Não precisava cobiçar o que não era dele.

A palavra de Deus diz: “Não cobiçarás” (Êxodo 20:17). Ele desprezou a palavra do Senhor; e quem despreza a Palavra perecerá.

Acabe chega em casa todo choroso, desgostoso da vida e sua mulher, a famigerada Jesabel logo assume as dores e engendra um plano, diz ao marido: eu darei uma solução a esse caso. A trama deveria ser perfeita para não gerar desconfiança. A Bíblia nos conta que ela escreveu nas cartas dizendo: apregoai um jejum e ponde Nabote acima do povo, e ponde defronte dele dois homens de Belial que testemunhem contra ele... (I Reis 21:9, 10, 11). O fim é que Nabote à mando de Jesabel foi morto ele e toda sua família! Uma mulher pagã manda matar um inocente só por causa da cobiça de seu fraco marido.

Um homem morre por que o outro tem o olho grande.

Mas, o resultado de tal ato não fica impune. Deus manda o profeta Elias dar um ultimato a Acabe.

“Assim diz o Senhor: porventura, não mataste e tomaste a herança?” (I Reis 21:19, 20)

O julgamento veio; com Deus não se brinca, aquilo que o homem semear isso também ceifará... 

domingo, 16 de outubro de 2016

Junto ao poço


Numa cidade de Samaria: Sicar. Tendo necessidade por ali passar, Jesus pára junto a uma herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. O trecho sagrado assim registra: “e estava ali uma fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho; assentou-se assim junto a fonte” (João 4:6). Então, vem a mulher para tirar água e Jesus pede a ela “dá-me de beber”. Ora, samaritano não se compunha com judeu. Era natural o judeu desprezar o samaritano, por motivo diversos, dentre eles o fato de (os samaritanos) resultarem da mistura de judeu com outras raças, outra linhagens. O que ocorre é que Jesus não sofria de xenofobia. Ele ama a todos.

Com o pedido de Jesus, ela logo se identifica: “como sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?” (João 4:9). Jesus mostra-lhe que seu intuito é supremo.

Não só matar a sede do corpo, mas algo superior. Não adianta matar a sede do corpo e deixar a alma sedenta. A mulher, após breve diálogo com o Mestre, pede a Ele água, pensando não tornar ao poço, pensava ela tratar-se de algo material. Jesus foi além, muito além. “Vai, chama o teu marido e vem cá” (João 4:16). A mulher tivera cinco maridos e o que agora tinha não era. “Disseste bem: não tenho marido”. Agora, quem identifica-se é o Senhor Jesus, pois diante do ocorrido a mulher exclama: “Senhor, vejo que és profeta!!!” (João 4:19). Ela não o tem, agora, como simples judeu, pois reconhece-O Senhor. Neste insólito encontro, abrem-se dois mundos para o evangelho: o mundo dos judeus, pois reconheceu-o como Senhor e o mundo dos samaritanos – ambos carecem de Jesus. A mulher crê que Jesus é o messias que havia de vir ao mundo e traz ao pé dEle uma cidade inteira. Deixa o cântaro e começa a preocupar com as coisas espirituais.

Assim precisamos fazer: deixar um pouco das coisas seculares e buscar as coisas que são de cima – as espirituais.

Junto ao poço, que lugar mais lindo! Onde Jesus com seu amor alcança alguém aprisionada por densas trevas, mas que logo são dissipadas.

Jesus é a luz do mundo. Ela julgara impossível encetar diálogo com Jesus, por suas condições de trevas; mas ao deparar-se com a luz de Jesus logo trava o mais importante diálogo de sua vida. Veio luz ao seu entendimento: “mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”. (João 4: 14).

“Aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jesus Cristo).

domingo, 9 de outubro de 2016

Tão só

À luz do texto sagrado, posso divisar quão atroz, o sofrimento de meu Jesus por nós. Numa efusão de súplicas por nós. Quanta agonia, tanto sofrimento. Sofreu só. Tão só.
O evangelista Lucas assim escreve: “E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até o chão” (Lc 22:44). O peso do pecado da raça humana era quase que insuportável. O preço a ser pago foi alto. E o Senhor Jesus sabia disso; ausentando-se de seus discípulos. Jesus poupou-lhes tal cena. Cena indescritível. O Getsêmane foi para Jesus, santuário. Um genuflexório no monte. A bíblia diz: “E a apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava...” (Lc 22:41). Orava porque sem oração não há vitória. Há uma grande necessidade de oração contínua. Orar ao Pai, pedir sua orientação, pedir sua divina direção. Jesus deixou-nos exemplos de oração. Orava sem cessar. Voltemos ao Getsêmane, onde meu Jesus padeceu. Ali foi dado o supremo exemplo da renúncia. Ali começou o calvário. Ali começou a agonia. Agonia é uma palavra de origem grega; tem o significado e quer dizer: luta. Luta de morte. Luta contra a morte. Ali Jesus lutou de joelhos! Caiu de borco e orava. O seu sofrimento era tanto que, “apareceu um anjo do céu que o confortava” (Lc 22:43). Foi preciso um anjo para O confortar. Seu amigos, até dormiam. Jesus sofria, por mim, por você, por nós. O que era para nós passarmos, Ele passou por nós. O que devíamos sofrer Ele sofreu por nós. Reconheçamos tamanho sacrifício e tão grande amor e rendamos graças à Deus por Jesus. Ali começou o calvário: e terminou quando disse ‘está consumado’ (Jo 19:30). Como que dizendo: paguei o preço requerido por Deus para a salvação. Agora, para que alguém seja salvo, basta crer. Basta crer. Dispensa sacrilégio. É dispensado méritos humanos (posto que não os temos). É mister crer. Crer em Jesus, crer no que Ele fez por nós. Crer nEle único e todo suficiente salvador dos homens. Ele morreu e ressuscitou pelo poder de Deus por nós. Por salvar-nos. Só Ele pode salvar-nos!!!
Obs: ‘de borco’ porque o sacrifício para Deus era de barriga para baixo, humilhação. Os sacrifícios da época eram de barriga para cima; sacrifício morto. Matava-se um animal e o colocava de barriga para cima. Hoje Deus somente aceita sacrifício vivo e não morto. “(...) que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo (...)” (Rm 12:1)

domingo, 2 de outubro de 2016

Graça real

O Senhor Jesus Cristo veio a este mundo para o que era seu; mas, os seus não o receberam. Não quiseram o que de melhor há no Universo. Jesus, a graça salvadora que nos conduz de volta ao Pai. Ele que nos trouxe a vida eterna. “A graça e a verdade vieram por Jesus” (João 1:17)

A lei foi dada por Moisés; só que a lei sempre foi a força do pecado, da transgressão. Não precisamos de algo que fortaleça o ato delituoso, que enaltece o erro.

Precisamos, sim, de algo que nos traga conforto e libertação. Cristo, trouxe-nos a graça de Deus, o favor imerecido, graça que é o mover de Deus em nossa direção, Ele descendo dos píncaros de sua glória para nos agraciar; coisa que não merecíamos, pois, nossos pecados depunham contra nós.

‘A alma que pecar essa morrerá’ diz o texto sagrado. Jesus veio e com Ele a graça de Deus; que no dizer do salmista “vale mais que a vida” (Salmos 63:3). Graça Real, de um Rei para os seus súditos não merecedores.

Agora, o que fazer com a graça que se nos é oferecida? O escritor aos Hebreus nos dá uma orientação: “que faremos se não atentarmos para uma tão grande salvação?” (Hebreus 2:3). Sim, meus amigos, temos que atentar para a salvação que nos está sendo oferecida; creiamos e aceitemos a graça salvadora do Senhor.