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domingo, 24 de fevereiro de 2013

O que pede, recebe!


No templo em Jerusalém havia algumas portas... Jesus preferia a porta Formosa, todas as vezes que subia ao templo.

Sempre que lá ia, havia um cidadão leso dos pés, paralítico, para ser fiel ao texto. Esse senhor sempre via Jesus subindo, passando por ele.

Numa ocasião posterior, sobe pela mesma porta (Formosa) dois discípulos do mestre: Pedro e João. O paralítico pensa consigo mesmo: ‘vou pedir a esses dois homens uma esmola’. Na verdade ele estava ali só por causa das esmolas. Por que nunca ele pediu a Jesus? Era comum Jesus subir por ali. Qual era a sua psicologia, que o impedia de pedir algo ao Mestre da Galiléia? Em relação aos apóstolos ele pensou: ‘esses caras devem ter dinheiro’.

Ao se defrontar com eles, pede-lhes: “dá-me uma esmola”. Pedro e João logo replica-lhe: “Olha para nós, - como que dizendo – veja se somos pessoas de posse, que tem muito dinheiro, ou que ostentamos alguma riqueza. Olha para nós! Devemos olhar para os homens de Deus, eles tem muito a nos ensinar. Seu comportamento, seu modo de viver...

Hoje, quase que não dá para se espelhar neles pois, em alguns casos, não são dignos desse exemplo a ser seguido.

Mas, o nosso caso é com o pedir. O paralítico devia ter pedido diretamente a Jesus. Não pediu. Vendo a Pedro e a João movido de uma coragem que lhe era peculiar, para pedir esmolas, então pede a dois homens que lhe dão algo muito mais precioso que mera esmola: a cura da sua paralisia. O homem sem Deus é um paralítico. Ele precisa urgentemente da cura dessa paralisia.

Jesus não pôde curar aquele homem porque ele não pediu: o que pede, recebe. Ele não havia pedido nada a Jesus.

Agora, ele quer dinheiro. E pede a dois homens que em nome do Senhor Jesus o faz caminhar, andar e saltar, louvando a Deus. Ele entra no templo gritando glória a Deus estou curado!

O que tenho, isto te dou: Em nome de Jesus levanta-te e anda!

Pedro e João não tinham dinheiro, porém tinham algo superior e de muito mais valor; tinham o poder de Deus para a cura.

Em nome de Jesus levanta-te e anda!!!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

As três cruzes


    Há três cruzes no Calvário: A cruz à direita – zombaria. “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós” (Lc 23:39).

    A cruz à esquerda – arrependimento e fé: “e disse a Jesus Senhor: lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lc 23:42).
E a cruz do centro – sofrimento vicário: o sofrimento de nosso Senhor por nós.

    Hoje ainda há três cruzes: os que zombam do evangelho, desconhecendo ser o Poder de Deus para a salvação do que crê (Rm 1:16). Não sabendo que não há outro meio de aproximação a Deus, senão por Ele: Jesus. Zombar é sinal de ignorância, de prova cabal de falta de conhecimento. Zombar é sinal de inferioridade. De baixeza. Zombar do evangelho é zombar do próprio Senhor Jesus, que o instituiu. É Ele o fundador do cristianismo. Jesus deu Sua vida ali no Gólgota, deixando assim o selo máximo de seu amor pelos perdidos, através do Evangelho. Aceitar o evangelho, a graça de Deus revelada em Jesus, é compenetrar-se do seu estado lastimável diante de Deus em arrependimento. A maior prova de arrependimento é a renúncia própria. É deixar de praticar os delitos de antes, aceitando a graça de Deus pela fé. E a fé vem de Deus, o homem por si só não pode ter fé.


    Fé é uma graça subjetiva: Deus em nós, enquanto que a cruz é uma graça objetiva: Deus por nós.

    Fé é Graça. Dom de Deus. Ninguém tem mais fé por ser mais simpático ou bonzinho. E ninguém tem menos fé por ser antipático ou feio. Fé é Deus em nós. O ladrão da cruz arrependeu-se e com fé declarou: “e nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que nossos feitos mereciam: mas este (referindo-se a Jesus, nenhum mal fez)” (Lc 23:41). Com o efeito do arrependimento ele já repreendera o outro impenitente, que não aceitou o perdão do Senhor, rejeitando a salvação. Diz o texto: “tu nem ainda temes a Deus estando na mesma condenação” (Lc 23:40). A pessoa salva movida pelo efeito do arrependimento procura levar outras pessoas ao arrependimento, à salvação.

    Aquele malfeitor, agora salvo, tornou-se num átimo pregador do evangelho: diante do que rejeitara e de toda a multidão. Mesmo sem ter cursado um seminário, ele evangelizou. E o Senhor afirma-lhe enfaticamente: “em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23:43).

    Agora, a cruz de Cristo. Cruz impar; porque não tem par, mesmo no meio de muitas cruzes. Cruz de verdade, não de mentira. Cruz que foi instrumento de suplício. Rude. Grosseira. Duas peças de madeira atravessadas uma sobre a outra. Manchada de sangue. Cruz igual a qualquer outra destinada ao mesmo fim: “e, quando chegaram ao lugar chamado caveira, o crucificaram...” (Lc 23:33). A cruz, que para os judeus é escândalo e os gregos consideravam-na na loucura. E, para Deus o crucificado era maldito: “maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Dt 21:23).

    A cruz de Cristo foi, assim, suplicio e maldição. Mais, porém do que qualquer outra. Porque quanto ao suplício Ele não merecia. Por ser inocente? Não. Por ser santo. Imaculado. E quanto à maldição – Ele se fez por nós. Por todos nós. Maldição não de um, mas de todos os homens.

    Aceitemos então o Seu sofrimento em nosso lugar. Por nós!

domingo, 10 de fevereiro de 2013



Deus havia dito a Abrão: “Sai-te da tua terra e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.” (Gênesis 12:1). Era para o Abrão ir só; ou quando muito com a sua família. Só que ele levou seu sobrinho Ló, que mais adiante lhe trouxe problemas, não Ló propriamente, mas os empregados dele que não se compunham com os de Abrão. O espaço em que disputavam era pequeno, pois ambos tinham ficado muito ricos em rebanhos, cabeças de gado e isso estava se constituindo em um grande problema. O experiente Abrão, patriarca do povo Judeu; o povo escolhido de Deus teve uma brilhante decisão ao sugerir ao sobrinho Ló o arbítrio da escolha: se você for para direita eu irei para a esquerda; se você for para a esquerda então eu irei para a direita.

Agora vem o nosso assunto: Ló que era um homem que se conduzia pelo dom da visão material, olhou as campinas do Jordão e as desejou. Como se as tivesse comprado com os olhos. A visão do que se acredita ser o melhor.

Nós não caminhamos pelo que vemos; somos pessoas de fé e caminhamos pelo que cremos.

A visão muitas vezes é enganadora, nem tudo é o que apresenta ser. “Quem vê cara não vê coração” – Já houve quem assim o dissesse.

A visão que Ló teve foi uma visão de encher os olhos! Bela paisagem, pensou: meu gado terá aí muita pastagem. Só que esse lugar escolhido só pela visão material e não pelo conselho da palavra de Deus, era onde estava Sodoma e Gomorra, onde mais tarde o Senhor Deus as destruiria pelo seu grave pecado.

Não se conduza pelos olhos da ganância, isso não é bom. Não traz dividendos espirituais. O que pode trazer é uma inquietação e desassossego.

A incerteza das riquezas traz confusão e impede o crescimento espiritual e nos afasta de Deus. Tornamos-nos improdutivos, foi Jesus quem falou. Ló comprou com os olhos, deveria consultar seu coração. Um coração na presença de Deus é um coração sábio; de sábias decisões.

Quantos naufragaram na vida por não buscar o conselho da palavra de Deus que sempre nos fala ao coração.

Deus não destruiria Sodoma e Gomorra se nelas houvesse um certo número de pessoas tementes a Ele. Ló só pensou no que enchia os olhos: a riqueza e esqueceu-se de evangelizar, pregar a palavra de Deus e salvar vidas!!!

Vale mais uma alma do que o mundo inteiro. Há festa no céu por um pecador que se arrepende. (Lucas 15:10)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Capa Babilônica





Ele era um dos valentes do povo de Deus. Lutava com o povo de Israel; os eleitos do Senhor. Quem o visse diria que esse homem realmente era um homem de Deus. Tinha tudo que aparentemente o recomendasse diante do Altíssimo. Só que as aparências enganam; era só aparência. Ele era materialista em extremo... apegado as coisas deste mundo: prata, ouro, dinheiro e as riquezas pertinentes a esta vida.

Nós não somos daqui, somos de outro mundo, o mundo de Deus. Buscamos as coisas que são de cima onde o Senhor está! Acã poderia pensar assim e ser uma pessoa abençoada. Abençoando seus filhos, sua esposa, sua tribo todos os seus e inclusive a si mesmo. Mas, não foi o que aconteceu: ele cobiçou uma capa babilônica, uma cunha de ouro e alguma prata; coisa irrelevante para quem tem a benção de Deus. Não amamos o que há no mundo, pois o que há no mundo há concupiscência da carne, há concupiscência dos olhos e soberba da vida, que são os três poderes do mal.

Deus não tolera soberba, pois depõe contra a glória do Senhor. E quando se tem algo que possa ser considerado como aquisição material: carro, casa, dinheiro... o homem se acha o melhor, o superior e com os seus atos acaba dizendo que não precisa mais de Deus, se tornando autossuficiente. Acã se sentia o máximo de posse daquilo que pelo Senhor era o anátema.

Devemos ter aquilo que o Senhor quer que tenhamos, nada mais, só o que nos permite o Senhor. Mordomia cristã, tudo é de Deus, apenas nós fazemos usos dessas coisas; não nos pertence.

A capa de Acã o levou a uma autodestruição, dele e de toda a sua família, pois todos foram apedrejados até a morte. Um pecado que atingiu a todos sem clemência.

Que possamos fazer como Bartimeu, que lançou de si a sua capa! Como que dizendo não preciso disso: Jesus me chama e eu vou ter com ele e não preciso mais desta capa. Jesus chamou a Bartimeu dizendo-lhe que teria uma vida melhor, vendo, vivendo a graça de Deus e caminhando triunfantemente sobre esta terra. A capa o denunciava como cego.

Agora eu vejo, não preciso mais dela, não preciso de nada mais que é deste mundo: eu não sou deste mundo; eu sou de Jesus.

Quem tem Jesus tem tudo, quem não tem Jesus não tem nada.