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domingo, 29 de novembro de 2015

Mancebo de qualidade


Ele frequentava a sinagoga. Participava dos cultos, ouvia a palavra. Deus através da palavra falava ao seu coração. Coração que ele preferia endurecer. Deus dizia você é muito apegado as coisas materiais. Você gosta muito de dinheiro: seu deus é Mamon. Pela palavra Deus dizia: ame a Deus acima de todas as coisas. Guarde os mandamentos, todos, inclusive este: buscar a Deus em primeiro lugar – “Buscai a Deus em primeiro lugar e todas as outras coisas vos serão acrescentadas”. Mas ele, irredutível achava que Deus era mau em lhe pedir primazia em sua vida.

Deus não aceita o segundo lugar; não aceita ser preterido; e isso não porque ele é birrento que só quer as coisas do seu modo.

Não, Ele quer o melhor para nossa vida!

O jovem encontra o Senhor Jesus e inicia um diálogo do seu modo: “bom mestre que bem farei para herdar a vida eterna?” achando que para se herdar a vida eterna é fazendo o bem, caridade; dar esmolas para indigente etc... Isso tudo é muito bom, mas não resolve o problema de salvação eterna de ninguém. Jesus logo lhe diz: “Porque me chamas bom? Só há um bom que é Deus”. Achava que se “agradasse” o Mestre poderia fazer-lhe a cabeça.

Jesus vai direto ao assunto: “Conhece os mandamentos?”. Conheço todos, respondeu ele.

Mentiu, porque se guardasse todos, amaria a Deus acima de todas as riquezas, acima de todas as coisas! Ele provou que amava as suas fazendas mais do que ao Senhor. Jesus disse: “Vai vende tudo quanto tens e dá-o aos pobres, depois vem e segue-me e terás um tesouro no céu.” Mais que isso, o texto sagrado diz que Jesus o amou; olha que coisa linda! Jesus o amou. Acontece que ele se despediu de Jesus triste, porque tinha muitas riquezas, muitas fazendas...

Tolo; agiu como um tolo. Onde está hoje esse rapaz? Trocou a benção do Senhor por nada; riqueza é nada! Não devemos ser enganados pela ilusão das riquezas: “O mundo passa e toda sua concupiscência, mas o que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” Façamos a vontade de Deus e permaneceremos nEle. Jesus não queria que ele se desfizesse dos seus bens, apenas que ele os tirasse do coração; que desse o seu coração para Jesus. Vale mais uma alma que o mundo inteiro. Era só um ato de obediência que lhe estava sendo pedido.

Obedeçamos à Deus dando-lhe o primeiro lugar em nossa vida.

domingo, 22 de novembro de 2015

Queres a cura?


O texto que me vem à baila versa sobre a cura divina. O Espírito Santo através da santa palavra de Deus assim nos assegura: “filho meu, atenta para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina os teus ouvidos. Não os deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-os no mais íntimo do teu coração, porque são vida para que os acha e saúde, para o seu corpo.” (Provérbios 4:20-22)

Primeiro, a cura é um direito dos filhos!

Quando interpelado por uma mulher sobre a cura da sua filha; Jesus disse que não poderia lançar mão do pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. (Marcos 7:27) Então, a cura é o pão dos filhos. Lembremos, por ordem de criação somos todos filhos de Deus. Só que, o que realmente é filho de Deus é aquele que já aceitou a Jesus como seu único e todo suficiente salvador. Jesus veio para o que era seu, mas os seus não o receberam, mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (João 1:12) – a saber os que creem no seu nome. Então, só é filho quem tem Jesus.

A cura pertence aos filhos, só que há algumas regras a serem cumpridas. Devemos atentar para a palavra de Deus; e só para ela.

Tem gente que atenta para tudo: notícias de crimes, de guerras, de flagelos... atentam para quase tudo de ruim.

Devemos dar total atenção a palavra do Senhor; pois, em atentando para Ela, logo teremos o melhor resultado. “Às minhas razões inclina o teu ouvido”, não devemos ouvir qualquer coisa – o servo do Senhor não recebe má notícia. Devemos inclinar o nosso ouvido somente as coisas de Deus.

Os ensinamentos do Senhor nos dão conta que as circunstâncias devem ser ignoradas. Devemos, sim, ter os olhos fitos no Senhor e em sua palavra. Inclinar-nos somente ao que o Altíssimo nos fala pela palavra.

Pois, quem acha a palavra certamente achou um tesouro de grandíssimo valor e encontrou a paz de Deus.

Saúde para o corpo, quem não gostaria de ter saúde para o seu corpo? Em encontrando a palavra e nela meditando e assumindo o que ela diz, teremos saúde!

Saúde para o povo de Deus é um direito adquirido. A palavra diz: “pelas suas feridas fostes sarados” isto é uma afirmação da verdade e não um sonho a ser alcançado.

Determine a sua cura em o nome do Senhor Jesus e você a terá. Palavra de Deus é a verdade e o Senhor vela pela sua palavra para a cumprir. (Jeremias 1:12)

O Senhor Jesus disse que os céus e a terra passarão, mas as suas palavras não hão de passar. (Mateus 24:35)

domingo, 15 de novembro de 2015

As três cruzes


   Há três cruzes no Calvário: A cruz à direita – zombaria. “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós” (Lc 23:39).

    A cruz à esquerda – arrependimento e fé: “e disse a Jesus Senhor: lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lc 23:42).
E a cruz do centro – sofrimento vicário: o sofrimento de nosso Senhor por nós.

    Hoje ainda há três cruzes: os que zombam do evangelho, desconhecendo ser o Poder de Deus para a salvação do que crê (Rm 1:16). Não sabendo que não há outro meio de aproximação a Deus, senão por Ele: Jesus. Zombar é sinal de ignorância, de prova cabal de falta de conhecimento. Zombar é sinal de inferioridade. De baixeza. Zombar do evangelho é zombar do próprio Senhor Jesus, que o instituiu. É Ele o fundador do cristianismo. Jesus deu Sua vida ali no Gólgota, deixando assim o selo máximo de seu amor pelos perdidos, através do Evangelho. Aceitar o evangelho, a graça de Deus revelada em Jesus, é compenetrar-se do seu estado lastimável diante de Deus em arrependimento. A maior prova de arrependimento é a renúncia própria. É deixar de praticar os delitos de antes, aceitando a graça de Deus pela fé. E a fé vem de Deus, o homem por si só não pode ter fé.


    Fé é uma graça subjetiva: Deus em nós, enquanto que a cruz é uma graça objetiva: Deus por nós.

    Fé é Graça. Dom de Deus. Ninguém tem mais fé por ser mais simpático ou bonzinho. E ninguém tem menos fé por ser antipático ou feio. Fé é Deus em nós. O ladrão da cruz arrependeu-se e com fé declarou: “e nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que nossos feitos mereciam: mas este (referindo-se a Jesus, nenhum mal fez)” (Lc 23:41). Com o efeito do arrependimento ele já repreendera o outro impenitente, que não aceitou o perdão do Senhor, rejeitando a salvação. Diz o texto: “tu nem ainda temes a Deus estando na mesma condenação” (Lc 23:40). A pessoa salva movida pelo efeito do arrependimento procura levar outras pessoas ao arrependimento, à salvação.

    Aquele malfeitor, agora salvo, tornou-se num átimo pregador do evangelho: diante do que rejeitara e de toda a multidão. Mesmo sem ter cursado um seminário, ele evangelizou. E o Senhor afirma-lhe enfaticamente: “em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23:43).

    Agora, a cruz de Cristo. Cruz impar; porque não tem par, mesmo no meio de muitas cruzes. Cruz de verdade, não de mentira. Cruz que foi instrumento de suplício. Rude. Grosseira. Duas peças de madeira atravessadas uma sobre a outra. Manchada de sangue. Cruz igual a qualquer outra destinada ao mesmo fim: “e, quando chegaram ao lugar chamado caveira, o crucificaram...” (Lc 23:33). A cruz, que para os judeus é escândalo e os gregos consideravam-na na loucura. E, para Deus o crucificado era maldito: “maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Dt 21:23).

    A cruz de Cristo foi, assim, suplicio e maldição. Mais, porém do que qualquer outra. Porque quanto ao suplício Ele não merecia. Por ser inocente? Não. Por ser santo. Imaculado. E quanto à maldição – Ele se fez por nós. Por todos nós. Maldição não de um, mas de todos os homens.

    Aceitemos então o Seu sofrimento em nosso lugar. Por nós!

domingo, 8 de novembro de 2015

Capa Babilônica





Ele era um dos valentes do povo de Deus. Lutava com o povo de Israel; os eleitos do Senhor. Quem o visse diria que esse homem realmente era um homem de Deus. Tinha tudo que aparentemente o recomendasse diante do Altíssimo. Só que as aparências enganam; era só aparência. Ele era materialista em extremo... apegado as coisas deste mundo: prata, ouro, dinheiro e as riquezas pertinentes a esta vida.

Nós não somos daqui, somos de outro mundo, o mundo de Deus. Buscamos as coisas que são de cima onde o Senhor está! Acã poderia pensar assim e ser uma pessoa abençoada. Abençoando seus filhos, sua esposa, sua tribo todos os seus e inclusive a si mesmo. Mas, não foi o que aconteceu: ele cobiçou uma capa babilônica, uma cunha de ouro e alguma prata; coisa irrelevante para quem tem a benção de Deus. Não amamos o que há no mundo, pois o que há no mundo há concupiscência da carne, há concupiscência dos olhos e soberba da vida, que são os três poderes do mal.


Deus não tolera soberba, pois depõe contra a glória do Senhor. E quando se tem algo que possa ser considerado como aquisição material: carro, casa, dinheiro... o homem se acha o melhor, o superior e com os seus atos acaba dizendo que não precisa mais de Deus, se tornando autossuficiente. Acã se sentia o máximo de posse daquilo que pelo Senhor era o anátema.


Devemos ter aquilo que o Senhor quer que tenhamos, nada mais, só o que nos permite o Senhor. Mordomia cristã, tudo é de Deus, apenas nós fazemos usos dessas coisas; não nos pertence.


A capa de Acã o levou a uma autodestruição, dele e de toda a sua família, pois todos foram apedrejados até a morte. Um pecado que atingiu a todos sem clemência.


Que possamos fazer como Bartimeu, que lançou de si a sua capa! Como que dizendo não preciso disso: Jesus me chama e eu vou ter com ele e não preciso mais desta capa. Jesus chamou a Bartimeu dizendo-lhe que teria uma vida melhor, vendo, vivendo a graça de Deus e caminhando triunfantemente sobre esta terra. A capa o denunciava como cego.


Agora eu vejo, não preciso mais dela, não preciso de nada mais que é deste mundo: eu não sou deste mundo; eu sou de Jesus.


Quem tem Jesus tem tudo, quem não tem Jesus não tem nada.

domingo, 1 de novembro de 2015

A vinha de Nabote


A trama orquestrada pela rainha Jesabel e o rei Acabe contra Nabote demonstra quão danoso é o render-se aos desejos da cobiça e de uma satisfação pessoal.

Sabendo que nenhum ser humano conseguirá satisfazer-se plenamente se o centro da sua satisfação não estiver em Deus. “Não erreis: de Deus não se zomba; porque tudo aquilo que o homem semear, isso também ceifará”. (Gálatas 6:7)

Acabe desejou, cobiçou o que não era seu, esquecendo-se de que somos meros mordomos: tudo é de Deus. Ele nos concede o privilégio de desfrutarmos de alguma coisa; mas tudo é do Senhor. Detesto os pronomes possessivos: meu, minha... são arrogantes e até petulantes, pois o Senhor nos dá a concessão para desfrutar de algo. Tudo é do Senhor. “Do Senhor é a Terra e tudo o que nela há”, diz a Escritura. Qual era o objeto da cobiça de Acabe? Uma vinha; algo digno que ele (Nabote) havia herdado de seus pais. Ele conhecia a lei do Senhor que versava, o não poder se desfazer dela. (I Reis 21:3) e (Levítico 25:23).

Com esta lei o Senhor queria proteger o seu povo da cobiça, então, Nabote estava certo em não querer se desfazer de sua vinha.

O Acabe queria fazer da vinha uma plantação hortaliça. Ele tinha, além do palácio real, uma bela propriedade de campo. Não precisava cobiçar o que não era dele.

A palavra de Deus diz: “Não cobiçarás” (Êxodo 20:17). Ele desprezou a palavra do Senhor; e quem despreza a Palavra perecerá.

Acabe chega em casa todo choroso, desgostoso da vida e sua mulher, a famigerada Jesabel logo assume as dores e engendra um plano, diz ao marido: eu darei uma solução a esse caso. A trama deveria ser perfeita para não gerar desconfiança. A Bíblia nos conta que ela escreveu nas cartas dizendo: apregoai um jejum e ponde Nabote acima do povo, e ponde defronte dele dois homens de Belial que testemunhem contra ele... (I Reis 21:9, 10, 11). O fim é que Nabote à mando de Jesabel foi morto ele e toda sua família! Uma mulher pagã manda matar um inocente só por causa da cobiça de seu fraco marido.

Um homem morre por que o outro tem o olho grande.

Mas, o resultado de tal ato não fica impune. Deus manda o profeta Elias dar um ultimato a Acabe.

“Assim diz o Senhor: porventura, não mataste e tomaste a herança?” (I Reis 21:19, 20)

O julgamento veio; com Deus não se brinca, aquilo que o homem semear isso também ceifará...