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domingo, 20 de março de 2016

Num prato

“Não se cospe no prato que come”

Assunto que fere ao mais refinado paladar, pois cuspir não é nada educado. Mas, o que é o prato que se come? Seria só uma forma de expressão, uma figura de linguagem? Ou dizer algo que gostaríamos de dizer abertamente mas tememos as consequências. E quando alguém recebe algo que não merecia; aí dizemos “ganhou de bandeja”, seria isto correto?

Agora, vamos ao texto: “dá-me aqui num prato a cabeça de João Batista.” (Mat 14:8) Não é fácil, mas foi o que uma menina pediu: a cabeça de um homem num prato! De um homem, só não; de um homem de Deus.

Quem jamais faria um pedido desses? Em sã consciência ninguém, mas esta menina pediu... Pediu por que fora instruída previamente por sua mãe. Sua mãe era uma adultera, teve essa ideia absurda de pedir a cabeça de um homem de Deus: João Batista. Quando pregamos contra algo errado, querem nossa cabeça, pois o mundo caminha errado; o sistema imperante, o curso do mundo não caminha bem. O mundo é imundo, num paroxismo do desespero. Só Jesus pode nos livrar da ira dessas pessoas.

João Batista havia pregado contra Herodes possuir a mulher de seu irmão; isso custou-lhe a vida. As pessoas não gostam de ser corrigidas, fere a sua “dignidade”, sua autoridade no caso de Herodes. Por que nos sentimos mal quando somos corrigidos? O pecado original nos levou a isso: nos constrange a correção.

O pecado nos levou ao erro e por isso temos pavor da correção, ela incomoda, não gostamos dela. Não queremos que nos apontem o erro. Isso nos diminui, não é legal.

Só que precisamos de correção, o homem errou, e destituído está da glória de Deus.

É mister arrependimento, o que se arrepende e deixa alcança misericórdia.

Arrepender é dar meia volta; voltar para trás, você caminhava numa direção e agora volta à direção certa. Voltar-se para a comunhão com Deus. Metanoia, no grego, língua em que foi escrito o novo testamento da bíblia sagrada. O Senhor corrige ao que ele ama – a correção é um ato de amor. Feliz aquele que é corrigido pois ele é um filho de Deus. O pai corrige a seu filho porque o ama. (Hebreus 12:7).


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