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domingo, 24 de setembro de 2017

Como vencer a dúvida?

Dúvida quer dizer indecisão do entendimento ou da vontade. Incerteza. Hesitação.

Jesus havia estado com seus discípulos, agora, após a sua ressurreição. Tomé, um dos doze, não estava presente. O que dá a nós este ensino. Por não se achar presente, não viu; por isso, não creu. ‘se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos e não meter o dedo no lugar dos cravos, e não meter a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei’ (João 20:25).

Há pessoas que só vendo para crer. É um direito; não podemos negar. Tomé foi uma delas. Precisou ver para crer. E viu. Hoje, quando anunciamos Jesus a alguém sempre, ou quase sempre, ouvimos dizer ‘preciso ver a Jesus para nele crer’. A indecisão do entendimento leva a isto, mas, agora Jesus deixa que creiamos primeiro, para que depois O vejamos.

Os demais discípulos estavam seguros da ressurreição de Jesus; Tomé, não. O que fez o Senhor Jesus para tirar-lhe a dúvida? – apareceu. Apareceu a eles novamente, só que dessa vez estava Tomé: para ele em especial. Convém notar que Jesus procura satisfazer a todos. Sem distinção. Que amor, que amor, o de Jesus. ‘põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente’ (João 20:27). Ele preparara esse encontro só por Tomé. E por isso dirigiu-se a ele com essas palavras, que Tomé jamais esqueceu. Tomé, logo reconheceu-se incrédulo – que virtude imitável! ‘Senhor meu e Deus meu!’ (João 20:28).

Agora ele podia crer realmente que Jesus fora morto, mas que agora vive! Aleluia por Jesus! Sempre que houver dúvida no ser humano, ele deve lutar por exterminá-la. Vença a dúvida. Para vencer-se a dúvida é mister ir à fonte certa: Jesus CRISTO.

Quando olhamos para o Calvário e vemos aquela cruz vazia, recebemos a fé de Abraão, e bradamos como Cristo vive e porque Ele vive, temos confiança de que com Ele reinaremos. Jesus é certeza. Única esperança. Jesus dá vida ao diálogo: ‘porque me viste, Tomé, creste; bem aventurados os que não viram e creram’ (João 20:29).

Há uma benção especial àquelas pessoas que tiveram o privilégio de não vendo, crer. Não como me disseram ‘preciso ver a Jesus para nele crer’, não; aceitando-O pela fé e crendo que Ele é o único e todo suficiente salvador. O filho de Deus. O Cristo que não está na sepultura, mas está vivo, junto ao Pai e por nós roga!

Ele vive, aleluia!

domingo, 17 de setembro de 2017

Fica Senhor!


Ao relento. Ocorrido há uns 12 km de Jerusalém. Emaús.

Dois personagens caminhavam em regresso ao seu lar. Estão tristes. Um deles, Cleofas, outro talvez seu irmão. Os dois em caminho trocam palavras no que concerne aos acontecimentos de seu tempo. De repente um terceiro personagem: “que palavras são essas que caminhando, trocais entre vós, e porque estais tristes?” (Lucas 24:17). Obviamente estavam cegos, pois não reconheceram que era Jesus que com eles falava. “És tu só peregrino em Jerusalem, e não sabes as coisas que nele têm sucedido nestes dias?” (Lucas 24:18). Disse Cleofas. Esse terceiro personagem os indagava e com eles falava sobre as escrituras sagradas. Muitas vezes caminhamos com Jesus e não sabemos. Uma vez quando eu anunciava Cristo a uma pessoa, ela me perguntou: “onde está ele?”. E eu disse muito próximo. Tão próximo, que está dentro de mim. A pessoa parou, pasmou. Perplexo. É assim, quantos não sabem onde está Jesus! Que calamidade. Que pena. Não saber onde está Jesus é tristeza. É melancolia, é funesto. Lutuoso. Os dois discípulos não sabiam. Duvidaram do mestre. Não ressuscitou, pensavam eles: “Oh nécios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!” (Lucas 24:25). Eram discípulos e não criam piamente nas profecias. Hoje encontramos a mesma dificuldade: crer nas profecias.

Mas logo chegam ao regaço: o terceiro caminhante faz como quem vai para mais longe. Logo O constrangeram a entrar à aldeia. Entrou. Se lhe fazemos um pedido, Ele nos atende. Ainda não conheciam que era Jesus. À mesa, tomando pão e abençoando-o deu-lho. Agora havia clareza. É Jesus! Eu presumo um êxtase de choro e de alegria ao mesmo tempo. O verso trinta e um do capítulo em pauta diz: “abriram-se-lhes os olhos e o conheceram e Ele desapareceu-lhes”. Jesus desapareceu deles deixando-os a firme convicção de Sua ressurreição. Sempre assim: estamos com Jesus e não o sabemos. O que se precisa então, é que tenhamos os olhos abertos. E não fechado. “Os olhos deles estavam como que fechados...” (Lucas 24:16). Com os olhos fechados podemos tropeçar e até cair. Com os olhos vendados jamais veremos as glorias celestiais.

Abramos os nossos olhos e vejamos a Jesus. E digamos, a exemplo deles, fica conosco Senhor.

domingo, 10 de setembro de 2017

Lázaro e o rico

          Que dizer de uma parábola, que por sua peculiaridade transcende ao fato de ser parábola, para ser algo real e verdadeiro, pois Jesus dá nome aos personagens. Lázaro, homem que representa o povo gentio, sem direito as benécias que desfrutavam o povo judeu.

Eram eleitos, os escolhidos do Senhor para herdarem tudo o que de bom há de Deus para eles. Desperdiçaram muito por terem demais. Regalaram a ponto de deixar cair de suas próprias migalhas, que nós os gentios não desperdiçamos, mas abraçamos e aceitamos como benção de Deus para nós. A mulher sirofenícia soube como aproveitar o que estava sendo desperdiçado: ‘mas os cachorrinhos também comem das migalhas que caem da mesa de seus senhores. ’

Oh! Quão grande é a sua fé! Disse Jesus, feliz em saber que alguém quer o que os outros não quiseram. Jesus veio para o que era seu, mas, os seus o rejeitaram; não quiseram o que há de melhor no céu e na terra, em todo Universo. (Mateus 15:28)

O rico tinha tudo de bom e do melhor: sua porção era essa.

Vivia regaladamente – coisa de rico. Ao pé dele havia um ser humano não muito bem quisto, pois, vivia chagado ao ponto de os cães lamberem suas feridas. Que quadro!!! O quadro do pecador chagado da cabeça aos pés!

Pecador que se arrepende, e aceita o perdão do Senhor. Perdão que os outros desprezaram... não fizeram conta. Se achavam cheios e satisfeitos, sem a necessidade da ajuda do Altíssimo. O rico nunca precisa de Deus. Pelo menos é o que ele pensa. Jesus disse aos discípulos de João, quando interpelado por estes: aos pobres é anunciado o evangelho. (Mateus 11:5) Na última hora o rico pensa em seus familiares e querendo, numa derradeira tentativa de salvar alguém, diz: mande que alguém vá aos meus irmãos e diga para eles não virem para este lugar de tormento, no qual estou. A resposta não foi muito animadora para ele: eles têm os profetas e a lei de Deus, então obedeçam a lei e os profetas e serão salvos.


Este relato encontra-se no livro de Deus: Lucas 16:19 a seguir.