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domingo, 26 de maio de 2013

Que tens, Agar?

Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. (2 Pedro 1:10)


A julgar pela aparência seria uma mulher igual as outras. Só que não era. Ela havia engravidado do patriarca Abraão; e isso por sugestão de Sara sua mulher! Ambos queriam um filho; só que esse não vinha. Deus havia prometido a Abraão um filho. Só que estava, segundo eles, demorando.

Deus não demora a fazer coisa alguma... o Senhor faz tudo na hora certa, nem se adianta nem atrasa: na hora certa. Sara estava ficando preocupada, pois passara o tempo das mulheres. Daí surge nela uma ideia: Abraão deve entrar a sua serva Agar e gerar nela um filho. Sara não crera na promessa de Deus. Deus havia prometido um filho ao casal, filho que seria pai de uma grande multidão.

A multidão dos judeus, o povo eleito. Quem era Agar? Uma desafeta de Israel. Não fazendo parte do povo eleito, mesmo assim o Senhor a abençoou. Mas, por que o Senhor a abençoou? Ela tinha em seu ventre o filho de Abraão! Ela tinha gerado a Ismael que é o pai de todos os árabes.

Por ciúmes Sara a despede e esta sai em demanda ao deserto de Berseba. Lá, em faltando água ela coloca o menino sentado a uma distância de um tiro de arco e se coloca para não ver a morte do garoto. Em poucos instantes ela levanta a voz num choro copioso. Chora ela e o menino. Deus ouviu o choro do menino e dá a ela uma mensagem: “não temas, porque Deus ouviu a voz do rapaz desde o lugar onde está” (Gênesis 21:17).

Entende, Deus é fiel, ele cuida dos seus. Perto dela já havia uma fonte para dessedentar a sede dela e do menino, que cresceu e se fortaleceu e se casou e gerou uma multidão de gente que não se pode contar. Ismael foi homem valente e destemido trazendo felicidade à sua mãe.

A princípio ela se preocupara, mas agora, crendo no Altíssimo estava ela protegida e abençoada. Que tens, Agar? À exemplo de Agar que possamos crer e confiar no Senhor ele salva e fortalece, cura e liberta. O Senhor é o nosso Salvador fiel.

O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará! (Salmos 23:1)

domingo, 19 de maio de 2013

Quem está perdido?


“Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.” (1 Pedro 1:2)

Só é perdido quem está perdido? É o que veremos no exercício das três parábolas que nosso Senhor Jesus Cristo nos propôs. Primeiro, a parábola da ovelha. O Senhor pergunta: “que homem dentre voz tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?”(Lucas 15:4). O pastor deixa noventa e nove para ir em busca de uma! A ovelha é diferente de outros animais; não sabe voltar ao aprisco. Falta-lhe o que há de sobra no gato, no cão... etc. exemplo: se soltarmos um gato longe de sua residência: assim mesmo ele saberá voltar; pois é dotado de um instinto perceptível. Ele consegue localizar-se. Num depoimento de um pastor de ovelha soubemos que ela ao desgarrar-se toma sentido oposto ao do aprisco; ou seja, desejando voltar, vai para mais longe e perde-se. Daí a necessidade de um pastor ir em busca. Nosso Pastor está no encalço da ovelha: deu sua vida por ela. “Eu sou o Bom Pastor; o Bom pastor dá a Sua vida pelas ovelhas” (João 10:11).
Segundo, a parábola da dracma perdida “ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligencia até a achar?” (Lucas 15:8). Aqui o pecador é comparado a uma dracma. Dracma é uma moeda em que mesmo ao tempo em que foi proposta a parábola não tinha valor. Era uma moeda fora de circulação. A mulher tinha dez dracmas, quem sabe fosse uma coleção. Há, ainda hoje, colecionadores de dinheiro antigo, fora de circulação. Perdendo-se uma a coleção ficaria incompleta. O que ela faz? – acende a candeia e varre a casa. O que quer dizer que dentro de uma casa, comunidade, igreja ... alguém pode estar perdido. É mister que se providencie a procura. Acender a candeia para ter conhecimento claro da perda e melhor visão dela. Varrer a casa para revolver toda a sujeira, tudo que vem a impedir a localização da dracma, então perdida.
Terceiro, a parábola do filho prodigo. Pródigo sim, mas filho. “um certo homem tinha dois filhos; e o mais moço deles disse ao pai: Pai dá-me a parte da Fazenda que me pertence” (Lucas 15:11,12). Decide esbanjar o que ele crera ser seu. Não era dele, pois sabemos que a herança só se passa para os filhos quando o pai falece. Também não trabalhara para conseguir a fortuna. Mas, mesmo assim disse: “dá-me a parte da Fazenda que me pertence” e o pai lho concedeu. Logo vai para uma terra longínqua e ali desperdiça tudo. Na pior maneira. Quando se vê sem nada, dá-se pelo fato de que precisa trabalhar; pois, senão como iria viver? O pior emprego é o que ele consegue: cuidar de porcos. No chiqueiro ele disputa com eles a comida. Aqui o exemplo não é menos comum: o pródigo representa o pecador que, desviando-se da presença divina, cai na compulsória e começa uma vida sinistra. Quem sabe um delinqüente. Um libertino. Um degenerado. Na pocilga. No lodaçal. Na lama. Não como ovelha; a ovelha não gosta de lama. No caso da ovelha, o pastor a busca. Nesse caso não. Ele espera como o Pai na parábola. Espera ansioso a volta do filho. Requer-se arrependido. Pois só o arrependimento o trará de volta. E quando volta há festa. Festa por um pecador que se arrepende. Nosso Senhor disse que há festa no céu.
Queres arrepender-se?
Obs. Arrepender-se é ‘metánoia’, isto é, meia volta. Alguém que está indo numa direção converge cento e oitenta graus.

domingo, 12 de maio de 2013

Deus pode


Era um rapaz exemplar. No dizer bíblico, um mancebo de qualidade. A vida desse moço, equilibrada. Estritamente religioso e sobretudo rico. Um argentário. Um guardaplatas. Estimando Mamona: deusa do ouro. Contudo lhe faltava alguma coisa: “Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?” (Mt. 19:16). Uma prova que era religioso; quando Cristo perguntou-lhe se guardava os mandamentos, ele respondeu: “Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade.” (Mt. 19:20). Um jovem circunspecto. Sóbrio. Comedido.


Então nosso Senhor que sonda os corações vai direto onde é preciso. O Senhor sabia que ele tinha o coração posto nas riquezas. “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro nos céus e vem e segue-me.” (Mt. 19:21). Que prova dura para ele! Não, isto não dá para fazer, pensou ele, e retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.
Com o ocorrido nosso Mestre faz uma parábola: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que entrar um rico no reino dos céus.” (Mt 19: 24). Ele falou isso dirigindo aos seus discípulos que logo ficaram intrigados. Passar um camelo pelo fundo duma agulha é quase impossível. Vejamos: nas cidades antigas, que eram muradas, havia pequenas portas nos cantos dos muros que mal dariam para passar uma pessoa. Às vezes a porta da cidade sendo muito grande e pesada, havia então uma portinhola; porque assim a grande permaneceria fechada e só se passaria pela pequena que é a chamada fundo de agulha. Ademais, fundo de agulha era um adágio. Um provérbio popular, usado na época. O que causou espanto nos discípulos foi o fato de ser difícil um rico entrar no reino de Deus. Porque para os judeus rico era abençoado de Deus. Riqueza significa benção divina. Pobre era como se fosse amaldiçoado. Rico seria favorito de Deus.

Se rico sendo favorito de Deus era difícil entrar no reino dos céus, quanto mais pobre!!!
Agora a assertiva bíblica pronunciada por Jesus: “Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.” (Mt. 19:26) . Então a salvação é pelo poder de Deus. Ninguém é salvo por ser pobre. Ninguém é salvo por ser rico. Isto porque ninguém pode salvar-se. A salvação é obra da Graça. Salvação é uma graça subjetiva: Deus por nós. O homem não é salvo porque quer. Quando o homem se dispõe a buscar a salvação, já é a Graça atuando nele. Pois a Graça toca em três mundos do homem; isto é, o homem dividido em três mundos: o mundo intelectivo. O mundo sentimental. O mundo volitivo. Pela inteligência ele sabe de Deus, e com a vontade, ele aproxima–se de Deus. Tudo isso o homem não consegue por si só, mas pelo poder de Deus, pois só Deus pode.

domingo, 5 de maio de 2013

A fé perfeita em Deus


Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.

Portanto não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares.

Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.

        Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo.

        Deus está no meio dela; não se abalará. Deus a ajudará, já ao romper da manhã.

Os gentios se embraveceram; os reinos se moveram; ele levantou a sua voz e a terra se derreteu.

        O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.

        Vinde, contemplai as obras do SENHOR; que desolações tem feito na terra!

        Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo.

        Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra.

        O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.