“Eleitos segundo a
presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e
aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.” (1
Pedro 1:2)
Só é perdido quem está perdido? É o que veremos no
exercício das três parábolas que nosso Senhor Jesus Cristo nos propôs. Primeiro, a parábola da ovelha. O Senhor pergunta: “que
homem dentre voz tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as
noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?”(Lucas 15:4).
O pastor deixa noventa e nove para ir em busca de uma! A ovelha é diferente de
outros animais; não sabe voltar ao aprisco. Falta-lhe o que há de sobra no
gato, no cão... etc. exemplo: se soltarmos um gato longe de sua residência:
assim mesmo ele saberá voltar; pois é dotado de um instinto perceptível. Ele
consegue localizar-se. Num depoimento de um pastor de ovelha soubemos que ela
ao desgarrar-se toma sentido oposto ao do aprisco; ou seja, desejando voltar,
vai para mais longe e perde-se. Daí a necessidade de um pastor ir em busca.
Nosso Pastor está no encalço da ovelha: deu sua vida por ela. “Eu sou o Bom Pastor; o Bom pastor dá a Sua vida
pelas ovelhas” (João 10:11).
Segundo, a parábola da dracma perdida “ou qual a mulher
que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a
casa, e busca com diligencia até a achar?” (Lucas 15:8). Aqui o pecador é
comparado a uma dracma. Dracma é uma moeda em que mesmo ao tempo em que foi
proposta a parábola não tinha valor. Era uma moeda fora de circulação. A mulher
tinha dez dracmas, quem sabe fosse uma coleção. Há, ainda hoje, colecionadores
de dinheiro antigo, fora de circulação. Perdendo-se uma a coleção ficaria incompleta.
O que ela faz? – acende a candeia e varre a casa. O que quer dizer que dentro
de uma casa, comunidade, igreja ... alguém pode estar perdido. É mister que se
providencie a procura. Acender a candeia para ter conhecimento claro da perda e
melhor visão dela. Varrer a casa para revolver toda a sujeira, tudo que vem a
impedir a localização da dracma, então perdida.
Terceiro, a parábola do filho prodigo. Pródigo sim, mas
filho. “um certo homem tinha dois filhos; e o mais moço deles disse ao pai: Pai
dá-me a parte da Fazenda que me pertence” (Lucas 15:11,12). Decide esbanjar o
que ele crera ser seu. Não era dele, pois sabemos que a herança só se passa
para os filhos quando o pai falece. Também não trabalhara para conseguir a
fortuna. Mas, mesmo assim disse: “dá-me a parte da Fazenda que me pertence” e o
pai lho concedeu. Logo vai para uma terra longínqua e ali desperdiça tudo. Na
pior maneira. Quando se vê sem nada, dá-se pelo fato de que precisa trabalhar;
pois, senão como iria viver? O pior emprego é o que ele consegue: cuidar de
porcos. No chiqueiro ele disputa com eles a comida. Aqui o exemplo não é menos
comum: o pródigo representa o pecador que, desviando-se da presença divina, cai
na compulsória e começa uma vida sinistra. Quem sabe um delinqüente. Um
libertino. Um degenerado. Na pocilga. No lodaçal. Na lama. Não como ovelha; a
ovelha não gosta de lama. No caso da ovelha, o pastor a busca. Nesse caso não.
Ele espera como o Pai na parábola. Espera ansioso a volta do filho. Requer-se
arrependido. Pois só o arrependimento o trará de volta. E quando volta há
festa. Festa por um pecador que se arrepende. Nosso Senhor disse que há festa
no céu.
Queres arrepender-se?
Obs. Arrepender-se é ‘metánoia’, isto é, meia volta. Alguém que está indo numa
direção converge cento e oitenta graus.
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